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O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, reafirmou nesta sexta-feira, 4 de novembro, seu compromisso em recuperar a capacidade financeira da maior empresa de energia elétrica do país e disse que, na sua gestão, a Eletrobras não participará mais de empreendimentos cuja taxa interna de retorno não agregue valor para companhia. Nos últimos anos, a empresa entrou em projetos para salvar leilões do fracasso em detrimento do lucro para os investidores.
Durante seu primeiro pronunciamento em seu estado natal como ministro, Coelho lembrou que quando chegou ao governo, em maio, encontrou a Eletrobras com um valor de mercado menor do que a dívida que suas subsidiárias de distribuição têm com a BR Distribuidora, da Petrobras, e que passados seis meses de sua gestão, a empresa que mais se valorizou na bolsa foi justamente a Eletrobras, mostrando que o mercado voltou a confiar nas empresas públicas brasileiras.
“Estamos num esforço muito grande de poder restabelecer a lógica econômica dentro da Eletrobras. A Eletrobras não vai mais entrar em projetos com TIR patriótica, como a gente chama dentro do ministério. Ela vai perseguir o lucro e ser indutora de desenvolvimento. A gente vê que esses sinais começam a ser correspondidos e reconhecidos no mercado”, disse Coelho em pronunciamento no Fórum Pernambuco e o Setor Elétrico Nacional, em Cabo de Santo Agostinho.
A Petrobras e sua subsidiária BR Distribuidora fornecem gás natural e óleo para termelétricas no Norte do país, mas a Eletrobras e suas unidades de distribuição de energia que atuam na região têm atrasado pagamentos referente ao fornecimento do combustível, situação que ficou mais crítica em 2014. A dívida da Eletrobras com a petroleira fechou o ano de 2015 em R$ 9,9 bilhões, segundo informações mais recentes da Petrobras. A Eletrobras vem negociando formas de quitar essa dívida.
*Enviado Especial