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O prejuízo líquido de R$ 275 milhões da Santo Antônio Energia não preocupa a empresa. Por ainda apresentar necessidade de funding para sua conclusão é natural que obtenha resultados negativos nos primeiros anos. Essa é a avaliação do seu diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Luiz Pereira de Araújo Filho. O destaque até o encerramento do terceiro trimestre é o incremento do ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) que aumentou em R$ 764 milhões quando comparado com o mesmo período do ano passado.

O executivo disse em teleconferência com analistas e investidores que esse aumento deve-se à melhoria dos custos operacionais obtida neste ano. Essa linha do balanço da empresa recuou de R$ 1,418 bilhão para R$ 731 milhões. Essa diferença foi atribuída ao menor custo com GSF e fator de indisponibilidade da usina, com R$ 835 milhões e R$ 138 milhões favoráveis à Santo Antônio contra outros R$ 274 milhões de custos por conta de Balanço de Energia na CCEE. “No geral, vemos que somente com a CCEE tivemos uma redução de custos da ordem de R$ 700 milhões. Houve ainda impacto de R$ 83 milhões positivos com a recompra de lastro, que minimizaram os nossos custos operacionais do período”, comentou ele.
O valor adicional de R$ 274 milhões por balanço de energia deve-se ao fato de que no ano passado a geradora optou por sazonalizar a produção. Esse fato não ocorreu em 2016 e por esse motivo houve o impacto no trimestre que se encerrou em setembro.
A receita da companhia nesse período esteve no mesmo patamar de 2015, quando já havia a garantia física total da usina de 2.218 MW médios, ficou em pouco mais de R$ 2 bilhões. A hidrelétrica, inclusive já está com 100% das obras concluídas. Das 50 turbinas, 44 estão em operação e as seis restantes estão prontas e testadas, aguardam a autorização da Aneel para entrada em operação comercial. A previsão é de que entrem em operação no inicio de 2017.
“Todos esses resultados estão em linha com o planejamento da empresa para o exercício”, ressaltou o executivo em teleconferência com analistas nesta terça-feira, 8 de novembro. O funding para a usina está equacionado, disse Araújo. A empresa aguarda a liberação de R$ 180 milhões de fiança bancária. Esses recursos serão utilizados para recompor o caixa da companhia pelo pagamento da quinta parcela do acordo acerca da repactuação do risco hidrológico e para a sexta e última parcela dessa conta que somou R$ 480 milhões ao total.
A Santo Antônio Energia encerrou o trimestre com dívida bruta de R$ 15 bilhões e dívida líquida de R$ 14,8 bilhões. A maior parte desse montante, 69,1%, está atrelada à TJLP pelo financiamento para a construção da usina junto ao BNDES e a outros bancos que fizeram o repasse desses recursos. Já a parcela de R$ 4 bilhões estão indexadas ao IPCA por serem referentes às debêntures e o restante ao FNO de R$ 618 milhões e a taxas pré fixadas.