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A CPFL Energia vai ampliar o seu projeto de rede inteligente. A empresa fechou um acordo com a fornecedora da rede RF-Mesh que proporcionou a telemedição de todos os seus clientes de alta tensão, e agora ampliará essa rede para conectar mais de 3.700 religadores em todo o estado de São Paulo. Inicialmente, somente as concessões no Rio Grande do Sul não receberão esse aporte.

De acordo com o gerente geral da Silver Spring Networks do Brasil, Gadner Vieira, a previsão é de que o projeto esteja com 70% de conclusão até o final de 2017 e sua finalização em meados de 2018. Como a concessionária já utilizará uma rede existente, o trabalho consistirá em reforçar a capacidade de comunicação por meio da instalação de mais 500 repetidores em todo o estado. Atualmente a rede conta com cerca de 50 pontos de acesso e 1 mil repetidores que são o meio por onde se dá a telemedição de 28 mil consumidores da CPFL em alta tensão.
Vieira destaca que serão substituídos os aparelhos com comunicação via rede celular que atualmente proporcionam disponibilidade de 80%. Esse indicador é considerado insuficiente para utilities com aplicações críticas como é o segmento de energia elétrica. A rede da Silver Spring, afirmou ele, proporciona esse indicador acima de 98% do tempo.
“Já temos parceria com a CPFL por meio da telemedição do grupo A. Antes desse novo acordo realizamos um piloto com cerca de 700 religadoras em Santos e em Campinas e chegamos ao índice de disponibilidade acima de 98%. Esse é um fator importante ao passo que as distribuidoras veem maior pressão por parte da Aneel em melhorar seus indicadores de qualidade”, comentou ele.
O projeto consistirá na troca de comunicadores instalados em cerca de 90% dos 3700 religadores que existem na rede das distribuidoras da empresa elétrica. Outros 10% já possuem o módulo de comunicação no padrão que será utilizado. Essa troca, deverá ser feita planejadamente para evitar problemas com o abastecimento e deverá ser a parte que exigirá maior tempo de execução, acrescentou.
Esse passo é importante para a empresa que está padronizando a rede de comunicação. Quando estiver pronta, essa infraestrutura já poderia atender a telemediçao de mais 200 mil unidades de consumo na baixa tensão. Para ampliar esse número e chegar a 2 milhões de unidades aí existe a necessidade de que a rede seja de cinco a até seis vezes maior em função da necessidade de tráfego de dados. Aliás, a rede como esta que está em montagem no estado de São Paulo, destacou ele, tem capacidade de introdução de diversas aplicações dentro do conceito de smart grid que inclui o avanço da geração distribuída e de carros elétricos com a instalação de centros de recarga desses veículos.
“A cobertura não é o problema e sim os dados que circularão, serão alarmes diversos, medições a cada meia hora, por exemplo, comandos de corte e religa e outros. Isso tudo requer maior capacidade para uma melhor prestação de serviços”, explicou ele. Contudo, lembra que no geral o mercado nacional ainda precisa de mais escala para que essa modalidade de serviços realmente possa se tornar realidade ao invés de ficar restrito a iniciativas de P&D. Assim, a plataforma poderia ser viável comercialmente para uma gama maior de concessionárias pelo país. No escopo desse projeto a Silver Spring ainda incluirá o software de gestão para coletar os dados e compilar as informações que serão disponibilizadas nos diversos sistemas de uma elétrica.