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A Renova continua em seu trabalho de ajustar o tamanho da empresa à nova realidade de projetos e de estrutura. Uma parte importante dessa medida está centrada nas despesas com pessoal, que ao final do terceiro trimestre deste ano apresentaram redução de 39,3% em termos reais. O numero de colaboradores em 12 meses recuou de 350 para 197, ou 43,7% menos do que nesse mesmo período do ano passado. Essas medidas deverão continuar até o final deste ano.

“Ao final do quarto trimestre deste ano ainda deveremos ter mais ajustes na estrutura e ainda deverá apresentar redução importante de despesas administrativas que serão decorrentes desse movimento que ocorre desde janeiro de 2016. Esse é um movimento que é estudado e pensado para não gerar nenhum processo de descontinuidade da empresa. A nossa expectativa é de que em 2017 já tenhamos a estrutura enxuta e um nível de despesas mais adequadas a nossa companhia”, afirmou o CFO da Renova, Cristiano Barros, em teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados da empresa no trimestre encerrado em setembro.
Outro movimento que a geradora tem tocado e o reperfilamento de dívida , que ao final do terceiro trimestre havia fechado em R$ 2,8 bilhões. Na avaliação da companhia, apesar desse volume de endividamento o fluxo de caixa futuro é classificado como sólido e que se sustenta no longo prazo. Para Barros, a companhia encontrava-se neste ano com uma estrutura financeira inadequada e isso ocorreu em um momento difícil para obtenção de crédito.
Desses quase R$ 3 bilhões de dívida R$ 1 bilhão tem vencimento nos próximos 12 meses. Apesar da proximidade, desse montante R$ 640 milhões serão substituídos por empréstimo de longo prazo do BNDES, pois refere-se a empréstimos para obras do complexo Alto Sertão III que está com 87% de índice de execução.
De acordo com o executivo, a companhia trabalha com a possibilidade de ter novos parceiros em seus projetos. Essa, disse ele, é uma ideia já mencionada pela companhia e sócios em momentos anteriores. A Renova, continuou, estuda todas as alternativas, mas que por enquanto trabalha para realizar seu “dever de casa que é de redução de despesas e viabilizar qualquer oportunidade futura a aparecer”.
Um dos negócios que geraram um valor adicional para a empresa foi a adesão ao mecanismo MCSD de Energia Nova onde a companhia conseguiu trocar CCEARs fechados no leilão de energia nova de 2011 por PPAs que tinha fechado no mercado livre. O volume em questão alcançou 103,6 MW médios a preço 21% mais alto. Isso, explicou a Renova, melhorou o fluxo de caixa do projeto Alto Sertão II e reduziu a exposição da companhia ao mercado de curto prazo.
A empresa fechou o terceiro trimestre com prejuízo de R$ 86,320 milhões, revertendo o lucro de R$ 477,642 milhões de igual período anterior. No ano, o prejuízo está acumulado em R$ 676,877 milhões, ante um lucro de R$ 421,234 milhões em 2015. A receita operacional líquida da Renova cresceu 30,4% no trimestre para R$ 132,013 milhões e no ano 8,8% para R$ 352,410 milhões.