Na próxima segunda-feira, 14 de novembro, à 0h, a Eletronuclear desconectará Angra 2 do Sistema Interligado Nacional para efetuar o reabastecimento de combustível. É uma parada programada, em comum acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, prevista para durar 33 dias. Cerca de um terço do combustível nuclear será recarregado. Além disso, serão realizadas atividades de inspeção e manutenção periódicas e também a implementação de diversas modificações de projeto, atividades que precisam ser feitas com a usina desligada.
Para executar as tarefas programadas, foram contratadas firmas nacionais e internacionais, entre elas Areva, ABB, Siemens e Tecnatom, que irão disponibilizar 1,3 mil profissionais, sendo 200 estrangeiros, para atuar em conjunto com os técnicos da Eletronuclear. Dentre as cerca de 3,5 mil atividades planejadas para o período, destaca-se a troca do rotor do gerador elétrico principal, uma peça de 200 toneladas. Sua substituição é uma operação delicada que exige grande precisão por conta do pouco espaço que há para manobra no momento da sua colocação dentro do gerador.
Outras tarefas importantes são a revisão geral da turbina; o teste de correntes parasitas de dois geradores de vapor da usina; o teste de estanqueidade do envoltório de contenção do reator; a troca do transformador principal de 500 kV; a troca dos selos e do dispositivo de antirrotação reversa das quatro bombas de refrigeração do reator; a revisão geral do disjuntor de saída do gerador principal; e a substituição do motor da bomba de condensado principal.
De acordo com o superintendente de Angra 2, Anselmo Carvalho, essas medidas aumentarão ainda mais a confiabilidade da usina, permitindo que ela mantenha o bom nível de desempenho que vem apresentando. Segundo ele, esta é uma parada onde há muitas atividades, o que vai exigir um esforço adicional para atingir os objetivos. Porém, haverá melhorias importantes para a operação de Angra 2.
Durante o período, o Operador Nacional do Sistema Elétrico vai gerenciar o sistema interligado de forma a garantir o abastecimento seguro de energia elétrica do país. As paradas para reabastecimento ocorrem, aproximadamente, a cada 12 meses e são programadas com pelo menos um ano de antecedência, levando-se em consideração a duração do combustível nuclear e as necessidades do SIN.