A concessionária de geração de energia Eneva registrou prejuízo líquido de R$ 9,6 milhões no terceiro trimestre do ano, o que representa uma melhora nos resultados financeiros, considerando que a empresa apresentou prejuízo de R$ 115,7 milhões no mesmo período em 2015. A receita líquida totalizou R$ 671 milhões, aumento de 26% na mesma base de comparação. O resultado antes de impostos, depreciação e amortização (Ebtida, em inglês) alcançou R$ 349,6 milhões, aumento de 55%. As informações foram divulgadas ao mercado na última sexta-feira, 11 de novembro.
De acordo com a Eneva, o atingimento da capacidade plena no Complexo Parnaíba impactou positivamente resultado da companhia. Em julho de 2016, a termelétrica Parnaíba II entrou em operação comercial, adicionando 519 MW de capacidade ao subsistema Norte. Com isso, o Complexo Parnaíba atingiu 1,4 GW, acrescentando R$ 425 milhões de receita fixa ao ano. Ainda em julho, por meio de suas subsidiárias Parnaíba Gás Natural e BPMB, a Eneva atingiu capacidade de produção diária de até 8,4 milhões de m³ por dia de gás natural no Parque dos Gaviões, na Bacia do Parnaíba, no estado do Maranhão, ampliação de 71% na capacidade de produção de gás.
A empresa passou a responder por 5% da capacidade térmica instalada do Brasil, com 2,2 GW de capacidade instaldada de geração, majoritariamente composta por fontes térmicas (67% gás natural e 33% carvão mineral). Na área de exploração e produção de petróleo e gás natural, é o segundo maior produtor de gás natural do Brasil. "Com este portfólio de ativos, a Eneva está preparada para acompanhar a transição da matriz energética brasileira, que caminha para um modelo autônomo, independente e flexível, cada vez mais apoiada na geração térmica na base."