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A fabricante de cabos Prysmian planeja, globalmente, aumentar seu faturamento e elevar a geração de caixa operacional, medido pelo ebitda (resultados antes de impostos, juros, depreciação e amortização) da casa de 600 milhões de euros para o patamar de 1 bilhão de euros até 2020. Nesse plano, o avanço de serviços acaba tendo um papel importante no portfólio que é oferecido ao cliente da companhia e o Brasil seguirá esse caminho ao mesmo tempo em que a empresa vê na retomada dos investimentos em infraestrutura uma oportunidade de novos negócios.

O perfil de participação das divisões da Prysmian é semelhante em termos globais e localmente. Cerca de 80% da receita da empresa vem do segmento de energia enquanto o restante de telecomunicações. Por aqui essas fatias são de 70% e 30% até por necessidade de aportes em infraestrutura maiores que no exterior.
Na avaliação do recém chegado diretor de Energia da Prysmian, João Aderaldo, no Brasil há uma oportunidade enorme de negócios. E essas não estão apenas restritas a transmissão com a retomada do apetite dos investidores nos leilões dessa modalidade. Ele relaciona as perspectivas de negócios em distribuição como bem promissoras. Nesse sentido, exemplificou, há o avanço em redes subterrâneas.
A companhia não revela os números por país. Mas, contou o executivo, a proporção não é tão diferente quando se olha para esse mercado ante o resultado global. Nos primeiros nove meses do ano a fabricante reportou uma receita de 5,7 bilhões de euros, um crescimento de 2% ante o mesmo período do ano passado. Os projetos de alta tensão e cabos submarinos responderam por 1,2 bilhão de euros. A média tensão apresentou a maior parcela de contribuição com 3,4 bilhões de euros. O residencial ficou com a menor parte, até porque apesar de ser um grande volume tem o preço mais baixo entre os três segmentos.
Um indicador que a empresa vem apostando é o fornecimento de serviços agregados com a venda dos cabos. Essa fonte de receita já alcançou globalmente 5% do obtido pela empresa e a visão da Prysmian é de que no futuro possa se elevar a até 15% do total. E para alcançar esse patamar a ideia é de que o volume advindo desse segmento deverá dobrar a cada ano.
“Nosso objetivo é agregar valor ao nosso produto e adicionar receita recorrente o que dá mais tranquilidade à companhia, ter contratos com receitas recorrentes é, sem dúvida, mais confortável e o mercado demanda cada vez mais por esses serviços”, comentou Aderaldo. “Os clientes nesse negócio são as distribuidoras e transmissoras, oferecemos serviços desde instalação dos cabos, monitoramento, cuidado com as terminações, acessórios e que servem de informação auxiliar para uma melhor operação de rede ou do sistema”, acrescentou.
Aderaldo destacou que o resultado do último leilão de transmissão foi importante para o setor que vinha passando por momentos difíceis por falta de interesse dos investidores. E mais, se mostrou otimista com o que vem escutando do governo em termos de atração de novos empreendedores por meio de projetos melhores do ponto de vista do retorno proporcionado.
“As coisas que foram discutidas em um evento de infraestrutura me deixaram mais esperançoso com o que vem por aí”, resumiu o diretor da Prysmian. “Os novos contratos que estão vindo são mais alinhados com a expectativa dos investidores. São alguns trilhões de reais que obviamente não vêm de uma vez só. Mas representa uma oportunidade incrível para o segmento e para a indústria, como nós. Estou entusiasmado com os próximos anos”, adicionou.
Com o avanço a expectativa é de que o segmento de transmissão possa aumentar a sua participação na empresa que é historicamente de 10% do total, sendo que óleo e gás é que maior fonte de receita. Em sua avaliação, com os projetos que virão a seguir essa linha de produtos dentro da companhia poderá adquirir maio relevância, acredita ele sem revelar números.