fechados por mês
eventos do CanalEnergia
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
A suspensão temporária da cláusula de um acordo com Itaipu que permite o vencimento antecipado da dívida da Celg D, em caso de atraso no pagamento das parcelas, é uma segurança a mais para o investidor que vai participar do leilão de venda da empresa no próximo dia 30. A avaliação é do presidente da Celg, Zinval Zaidan, que se diz “muito otimista” em relação ao resultado do certame.
“Estamos falando de quase R$ 1 bilhão. Não é coisa pequena”, destacou o executivo. Ele garantiu que a distribuidora está em dia com o pagamento das prestações, e o risco de inadimplência é zero no período entre o resultado do leilão e a assinatura do contrato de concessão pelo novo controlador.
O débito da Celg D com Itaipu foi renegociado em junho de 2012, com a assinatura de um termo de confissão e repactuação de dívida com a Eletrobras. Ele abrange o período de 30 de novembro de 2008 a 30 de janeiro de 2012. A estatal detém 51% do capital da distribuidora, enquanto o governo de Goiás é dono de 49%. A suspensão da penalidade foi autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica na última quarta-feira, 16 de novembro. A dívida em dólar da Celg D, segundo a Aneel, é de US$ 364, 2 milhões, o que dá um valor de R$ 854,7 milhões, a preços de março desse ano.
A previsão é de que o vencedor do leilão assuma a empresa em, no máximo, 40 dias. Até que essa transição se complete, eventuais atrasos superiores a 30 dias não resultarão em execução imediata da dívida resultante da compra de energia da hidrelétrica. O futuro concessionário não estará isento, no entanto, do pagamento de multa de 10% sobre o saldo devedor vencido e juros de 1% ao mês, entre a data de vencimento e o dia do pagamento da obrigação.