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O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Eletrica, Nelson Leite, credita a um mal entendido do governo a decisão do Palácio do Planalto de vetar o artigo da lei resultante da Medida Provisória 735, que criava o programa de modernização das redes de distribuição – o Inova Rede. Leite argumenta que apenas os investimentos tradicionais não serão suficientes para garantir a melhora do desempenho esperado para as distribuidoras nos próximos anos. “Se você for fazer os investimentos com a mesma tecnologia, sem usar inovação, vai continuar tendo os mesmos resultados que tem hoje”, ponderou o executivo.
Leite admite que o aumento dos investimentos amplia a base de remuneração das empresas e leva ao crescimento da tarifa. Mas argumenta que os ganhos de eficiência operacional das empresas também seriam capturados a favor da modicidade tarifária. A estimativa da Abradee é de que serão necessários investimentos adicionais de R$ 6 bilhões por ano em modernização de redes.
Na avaliação do presidente da associação, o veto à proposta das distribuidoras impõe o desafio para o setor e para o órgão regulador de desenvolver um mecanismo de estímulo aos investimentos em inovação e em modernização das redes. “O investimento tradicional é aquele para repor itens que chegam ao final da vida útil. Um transformador chegou ao final da vida útil, você tira e coloca outro de mesma tecnologia. A inovação é você colocar uma tecnologia, nova, por exemplo, agregando sensores e equipamentos de comunicação que permitam fazer a operação remota dessas linhas”, afirma Leite.
Ele explica que o smart grid ainda não ganhou escala no Brasil porque não há um sinal econômico adequado. O sinal, afirma, é não só uma remuneração melhor, mas o reconhecimento antecipado do que se investiu, para que o empreendedor saiba que remuneração vai ter.