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Nota da Redação: matéria alterada às 16:56 horas do dia 28 de novembro de 2016 para corrigir informação sobre o prazo do complexo eólico. No terceiro parágrafo foi dito que o projeto havia sido comercializado no leilão A-5 de 2013, na verdade foi no Leilão de reserva do mesmo ano, com isso, deveria iniciar operação em setembro de 2015 e não em setembro deste ano, como informado anteriormente. Veja a matéria corrigida:
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O complexo eólico Alto Sertão 3, na Bahia, deverá ficar pronto apenas em março de 2017, frustrando o planejamento da Renova Energia que esperava concluir a obra ainda em 2016. O projeto deveria ter entrado em operação em setembro do ano passado, portanto, com a nova previsão, a perspectiva é de um atraso de 18 meses. A operação comercial desse empreendimento é estratégica para a companhia, que aguarda o desembolso de R$ 640 milhões do BNDES para recuperar o equilíbrio econômico e financeiro.
Em entrevista exclusiva realizada nesta sexta-feira, 25 de novembro, em seu escritório em São Paulo, o presidente da companhia, Carlos Figueiredo, disse que a obra está 90% concluída, contudo dificuldades financeiras comprometeram a execução do cronograma programado. “Uma das razões [do atraso] é a dificuldade na obtenção de crédito. A gente não teve ainda o financiamento de longo prazo liberado pelo BNDES. Isso não é só uma dificuldade da Renova, algumas empresas que dependem do banco de fomento também estão atravessando essa situação. Mas nós estamos muito ativos e muitos próximos do BNDES para que isso aconteça”, disse o executivo.
O complexo eólico Alto Sertão III é construído no município de Caetité e terá aproximadamente 400 MW de capacidade. A usina comercializou energia no leilão de energia de reserva de 2013 e no mercado livre, a parte do mercado regulado precisava estar em operação desde setembro de 2015. Quando concluído, a Renova estabelecerá a marca de 1 GW de capacidade de geração de energia renovável em operação comercial no país. Figueiredo explicou que a empresa tem utilizado empréstimos pontes para investir no complexo. A liberação do empréstimo do BNDES permitirá a empresa equalizar seu fluxo de caixa e alongar uma dívida de R$ 1 bilhão que vence nos próximos 12 meses. O endividamento da companhia fechou o terceiro trimestre em R$ 2,8 bilhões.
Esse atraso na entrada de operação do parque traz reflexos negativos ao projeto. “Quando você faz o project finance contamos com a receita entrando a partir daquele mês que seria setembro de 2015. A partir do momento que ele não entra [em operação], essa frustração de receita impacta no projeto”, reconhece o executivo. “Como são contratos de 20 anos, isso acaba que dilui bastante, então não é um impacto representativo no projeto como um todo”, completa. Atualmente a Renova opera 190 MW em PCHS e o Alto Sertão 2 (BA-386,10 MW). Há outros 800 MW em empreendimentos contratados cujas obras não foram iniciadas.