A Enel é a vencedora do primeiro leilão de privatização do governo federal no âmbito do PPI que alienou as ações da Celg-D. O lance apresentado foi de R$ 2,187 bilhões, um ágio de 28,03% sobre o preço mínimo que era de R$ 1,8 bilhão pelas 142.933.817 ações que representam 95% do capital social da distribuidora. A disputa ocorreu nesta quarta-feira, 30 de novembro, na sede da BM&FBovespa e contou com a participação de apenas uma companhia interessada na concessionária goiana.
Na semana passada, o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, comentou que processo da Celg é particular. Ele lembra que o preço foi ajustado e que mesmo assim o andamento do total desse processo de venda não está sob controle do governo, ainda mais com o atual momento econômico e as incertezas políticas pelas quais o país e o mundo passam.
Segundo o executivo, a Celg é a grande oportunidade de aquisição no segmento de distribuição no Brasil, ainda mais se pegar a importância relativa da empresa, sua posição geográfica e o mercado que atende. Ele argumenta que essa concessionária pode ser atrativa em termos de sinergias com outros estados ao seu redor, pela perspectiva de crescimento e um upside em seu valor de mercado, bem como, ser uma plataforma que eleva a categoria da companhia que arrematar a distribuidora em um seleto grupo que classificou como ‘consolidadores do mercado de distribuição do país’, onde já figuram Enel, CPFL e Energisa.