A Cteep disse que vê com bons olhos o incentivo ao financiamento de projetos de infraestrutura por meio de mecanismos de mercado, em um momento em que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social tem reduzido a sua participação nos financiamentos em razão do ajuste fiscal imposto pelo Governo Federal. Para Reynaldo Passanezi, presidente da companhia, o setor elétrico também precisa dar a sua contribuição para o ajuste fiscal.
"A gente tem que entender que o financiamento do BNDES é subsidiado e custa caro…nós temos que assumir alguns custos do ajuste fiscal", declarou o executivo durante apresentação no Encontro de Altos Executivos do Setor Elétrico, evento realizado pela Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica (ABCE) nesta quinta-feira, 1º de dezembro, em São Paulo.
Para Passanezi, o financiamento de mercado "favorece as empresas que têm boa reputação". "Financiamento do BNDES todo mundo consegue… vejo com bons olhos o financiamento de mercado", disse o executivo, explicando que o financiamento de mercado contribui para uma melhor seleção dos agentes que vão participar dos leilões de transmissão, uma vez que o acesso a produtos de mercado, como a emissão de debêntures, tem regras mais rigorosas.