A Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica avaliou o leilão de privatização da Celg D (GO), como positivo. A Enel comprou a distribuidora por R$ 2,18 bilhões, em lance único. De acordo com o presidente da associação, Nelson Leite, que nesta quinta–feira, 1º de dezembro, participou de seminário do FGV Energia no Rio de Janeiro (RJ), o ágio de 28% mostrou que a atratividade do setor de distribuição brasileira. “Sinaliza que existem empresas que acreditam no futuro da distribuição de energia elétrica no Brasil”, afirma.

Ele também vê uma boa perspectiva para os próximos leilões de distribuidoras, que serão realizados no ano que vem, já que esse da Celg se mostrou exitoso. As realidades diferentes das áreas de concessão dessas distribuidoras fazem com que ele não consiga prever se será necessário algum tipo de formatação diferente para que o leilão atraia interessados. “Não tenho a avaliação se é melhor vender as distribuidoras agrupadas ou não”, observa.

Esse movimento de privatização de distribuidoras de energia não é visto pelo presidente da associação como uma saída do agente estatal do setor. Segundo ele, a discussão deve ser em torno da eficiência da gestão. “O negócio da distribuição é pautado por custos operacionais eficientes e investimentos prudentes. Estatal ou privado, o importante é que tenha eficiência na gestão”, revela Leite.