O perfil para o novo sócio investidor da Cemig na Light (RJ) deve ser o de alguém que queira permanecer no quadro de acionistas por longo prazo. De acordo com o presidente da Cemig, Mauro Borges, esse novo sócio deverá entrar até novembro de 2017 na empresa, após a saída do FIP Redentor na Parati Investimentos. O executivo participou nesta quinta-feira, 1º de dezembro, de seminário na FGV Energia, no Rio de Janeiro (RJ). Segundo ele, esse novo sócio não tem um perfil definido, podendo ser tanto um fundo de investimento quanto um operador do setor. "O que a gente quer é um compromisso com a distribuidora no longo prazo", explica. 

Ainda de acordo com o executivo, as conversas já estão iniciadas com os interessados. Borges não descarta nenhum grande player do setor, lembrando que todos têm possibilidades. Cogita-se que a italiana Enel, a espanhola Ibedrola, além de fundos de investimentos dos Estados Unidos teriam interesse. "Não temos nenhuma restrição", avisa. Ele garante que a Cemig vai conseguir o novo sócio até o prazo estabelecido e que ela teria também alternativas de estruturação de capital para não deixar que a distribuidora carioca se transforme em estatal. Na última quarta-feira, 30 de novembro, a Cemig anunciou a compra da participação do BTG Pactual na RME e na Luce Empreendimentos por R$ 201,96 milhões.

Santo Antônio – Borges disse que vai avaliar qual vai ser a opção mais interessante para a empresa mineira na usina após a consolidação da Santo Antonio Energia. Ela pode tanto vender a sua participação no empreendimento como ficar no comando da operadora da usina do rio Madeira. A orientação do plano de negócios é que ela fique em atividades core e as que ela tenha o controle da operação. "As duas possibilidades estão colocadas, vamos ver qual o melhor negócio para a Cemig", observa. A Eletrobras já manifestou que caso a acionista majoritária da usina, a Odebrecht, decida vender a sua parte, vai exercer o Tag Along, a opção de venda.