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A Gamesa comemorou a marca de 2 GW em capacidade instalada no país por meio de um projeto em parceria com a CPFL Renováveis. Com esse volume a companhia espanholha chegou a 1 mil aerogeradores em operação no Brasil com 17% de participação de mercado que está gerando energia. Mas, a meta da empresa é mais ambiciosa, é de chegar à liderança, o que significaria dobrar sua participação no mercado nacional já que a primeira é a GE, somada a participação da Alstom com cerca de 35% de todas as máquinas instaladas no Brasil.
De acordo com o diretor presidente da Gamesa no Brasil, Edgard Corrochano, a companhia trabalha para chegar a essa meta. Ele afirmou sem dar detalhes que a empresa trabalha e que está otimista com o leilão de reserva que será realizado este mês. “A Gamesa será grande e em termos de parcela do leilão. Temos 2GW em seis anos de presença no Brasil e nos próximos queremos muitos projeto, já temos centenas de MW contratados a serem entregues até o final de 2018”, disse ele sem revelar números.
Corrochano voltou a dizer que apesar desse otimismo é necessário que o governo, para o longo prazo, sinalize com a perspectiva de realização de leilões. “Precisamos dessa previsibilidade, para a indústria é importante. Precisamos de 3 GW de contratação por ano para que mantenhamos os seis fabricantes de aerogeradores que estão no Brasil sem rupturas”, comentou.
Em sua opinião, o governo vai fazer “o correto”, ou seja, contratar todo o volume esperado para que a indústria possa se manter nesses níveis de ocupação indicados. E lembra que essa questão é importante uma vez que tendência é de crescimento da economia do país nos próximos anos, inclusive citando as previsões de bancos para 2018 e 2019. Além disso, comentou sobre o fato de que a energia contratada no país está no papel mas não é física e, por este fato, há a necessidade de assegurar a contratação de mais capacidade, lembrando estudo feito pela ABEEólica.
Em sua avaliação, os preços para o LER poderiam ser sempre melhores, mas que o atual patamar estabelecido para o leilão é capaz de remunerar os investidores levando-se em conta os atuais riscos do país.
Ainda sobre os planos da empresa para o futuro, além de conseguir bater a líder do segmento esta em andamento um plano para baixar os custos de produção. O objetivo, contou ele, é de fazer o possível para alcançar um patamar de preços que coloquem a Gamesa de forma competitiva para exportar os equipamentos a países como Uruguai, Chile e Argentina. “Estamos trabalhando com fornecedores para chegar a um custo adequado para exportação”, confirmou ele. Outro ponto da aposta da companhia é a fundação da Universidade Gamesa, cuja meta é de formar pessoal para manter a operação de O&M e fornecer a disponibilidade dos equipamentos aos clientes. Esse, disse Corrochano, é um passo importante para a companhia nessa segunda fase de consolidação da indústria eólica no país que é a de fornecer equipamentos e serviços.
*O repórter viajou a convite da CPFL Renováveis