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A massificação da geração distribuída, principalmente com a energia fotovoltaica, deve causar impactos na operação do sistema. De acordo com o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Luiz Eduardo Barata, apesar de no Brasil o número de conexões ainda ser pequeno e não interferir na operação, o ONS está atento ao tema e monitora o que acontece nos outros países. Segundo ele, na Europa o tema tem merecido bastante atenção, devido às oscilações que essa modalidade traz. “As variações são muito bruscas com as chegada do anoitecer. Reduz um volume grande de geração”, avisa Barata, em entrevista coletiva a jornalistas nesta segunda-feira, 12 de dezembro.
Segundo o diretor do ONS, assim como na operação, a crise econômica influenciou no aumento no número de microgeradores, ficando restrito a um grupo de consumidores de gasto mais elevado. “Isso vai nos alcançar, mas vai levar mais tempo”, explica. Ainda segundo ele, em países como a Itália, que tem instalado na distribuição quase um terço da carga em fotovoltaicas, há um grande impacto, com muitas variações. “A própria operação do sistema é complicada, porque quando estão presentes todas as fotovoltaicas, o sistema fica muito leve e às vezes tem desligar LTs e depois voltar com elas”, observa. No Brasil, ele diz que isso também pode acontecer, pelo tamanho e volume de energia transportado pelas LTs daqui.
Mesmo considerando a geração distribuída no Brasil irreversível, ele acredita que ela não vai trazer mudanças na matriz brasileira, com usinas distantes dos centros de carga, com longas linhas de transmissão. “Nosso consumo ainda é muito baixo, comparado com outros países”, alega. Ele vê que daqui a alguns anos o Brasil alcance os níveis internacionais, devido à queda de custos que vem ocorrendo no mercado.