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Um dos assuntos sobre os quais o governo deverá se debruçar em 2017 é o de como incentivar a micro e minigeração distribuída no país. O objetivo é conversar e negociar com as distribuidoras para demonstrar que ao invés de encarar esses sistemas como competição ao seu negócio, pode ser uma oportunidade de incrementar receita ao se estabelecer como uma provedora de serviços ancilares em sua região de concessão. Nesse sentido, o programa de P&D Estratégico que está em andamento poderia ser utilizado para propor uma série de caminhos para que isso possa acontecer, até mesmo a criação de uma figura que equivaleria a um operador regional de micro e minigeração.

De acordo com o Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Eduardo Azevedo, a meta é estabelecer uma relação de ganha-ganha no mercado. Então com essa figura de ser uma administradora de sistemas instalados a concessionária não precisaria realizar os investimentos que ficariam a cargo do autoprodutor. Ele comentou esse trabalho seria feito pelo planejamento em conjunto com o Operado Nacional do Sistema Elétrico, EPE e assim viabilizar a ideia.
“A distribuidora hoje, se pensar no extremo, tem prejuízo com a geração distribuída”, comentou o representante do MME. “Mas no Brasil todo há situações em que é preciso colocar condicionamento da rede, regular frequência e tensão, o fator de potência e redução de harmônico e outros. Assim se tem a garantia de qualidade da energia e isso demanda investimentos. Se incentiva a GD há conversores com inteligência que podem ser operados pelas distribuidoras por meio desses serviços ancilares, o que posterga investimentos, aumenta a qualidade e consequentemente, o fator X na próxima revisão tarifária”, acrescentou.
Azevedo explicou que o conceito da ideia aponta para que uma concessionária, dentro de sua área poderia operar remotamente esses sistemas de geração. Inclusive, destacou poderia administrar, eventualmente sem desrespeitar a característica de geração de cada um desses sistemas, sobras e déficits da rede.
A visão do MME é de que esse modelo já poderia ser aplicado, até mesmo, dentro do arcabouço regulatório existente no país. E a geração compartilhada poderia trazer vários ganhos às concessionárias, inclusive econômicos. “Existem oportunidades de negócios escondidas e que estamos tentando revelar e esperamos no primeiro trimestre do ano que vem já consigamos dar andamento a essas ideias”, encerrou.