A Firjan também defende a mensuração de interrupções inferiores a três minutos, além da adoção de abordagem regulatória em que se possa distinguir o nível de qualidade adequado para cada tipo de consumidor. Para as indústrias, o foco seria na segurança e na confiabilidade do fornecimento.
A análise da federação das Indústrias teve como base os resultados dos indicadores coletivos de continuidade da Aneel: DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora). As medidas de melhoria foram sugeridas por conta dos prejuízos para a indústria, principalmente pela interrupção da produção, a inutilização de material, a perda de dados com a queda nos sistemas e o acionamento de geradores.
De acordo com a Aneel, em 2015, o Brasil registrou 18h35 de interrupções no fornecimento de energia, sendo que, atualmente, o limite permitido é de 13h56. O tempo foi 31 minutos superior ao registrado em 2014. Um relatório do Conselho de Reguladores de Energia da Europa mostra que a Alemanha, por exemplo, registra 16 minutos e, o Reino Unido, 55 minutos.
Com relação à frequência, a Aneel aponta, em média, dez interrupções por consumidor no Brasil. Apesar de pequena melhora na comparação com 2014, a marca ainda é muito alta para um país que precisa se manter economicamente competitivo, alerta a Firjan. A federação também ressalta que o diagnóstico feito em conjunto com o indicador de duração mostra que as interrupções foram mais longas, já que ocorreram menos vezes.