A UHE Itaipu (Brasil/Paraguai, 14.000 MW) comemorou na manhã desta sexta-feira, 16 de dezembro, o recorde de geração de energia de sua história. A marca foi alcançada pouco depois das 11 horas da manhã do horário brasileiro de verão quando ultrapassou o volume de 98.630.035 MWh registrados no ano de 2013. Mais 24 horas e a usina brasileira deverá bater o recorde mundial de geração ultrapassando a chinesa China Three Gorges com 98,8 milhões de MWh de 2014. E a perspectiva é de chegar ao final de 2016 com um volume produzido de pouco mais de 102 milhões de MWh.
O diretor técnico da parte brasileira da usina, Ayrton Dipp, destacou em seu discurso que esse volume de geração foi possível pela combinação de fatores que foram decisivos entre eles o regime hidrológico favorável e a demanda tanto da Ande (Paraguai) quanto do lado brasileiro.
Por sua vez, o diretor brasileiro, Jorge Samek, destacou que a usina, que comanda há mais de 10 anos, ajudou o país a reduzir a necessidade de bandeiras vermelha e amarela por minimizar o uso de térmicas. Em sua visão, esse fator favoreceu à redução do custo da energia. E ainda, que Itaipu é mais que uma geradora de energia, é uma promotora de riqueza para a região, pois a produção precisa do insumo para operar.
“Somos mais que uma geradora, aqui somos capazes de mostrar que conseguimos promover a integração regional e promover a construção de riqueza, que não se faz sem energia”, discursou ele no hall de entrada da usina após a marca ter sido batida. “Agora a placa alusiva ao recorde de geração que estão nesse local deverá ser trocada”, comentou. E continuou que nem mesmo a usina chinesa localizada no rio Amarelo deverá ameaçar essa posição de liderança de Itaipu, pois segundo seu relato, a estimativa deste ano é que a CTG consiga levar o volume gerado a, no máximo, 92 milhões de MWh.
Segundo dados da Itaipu Binacional, o novo recorde da usina seria o suficiente para atender o Brasil por 2 meses e 15 dias ou o Paraguai por sete anos.
*O repórter viajou a convite de Itaipu Binacional