Durante audiência pública da Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado, na última quinta-feira, 15 de dezembro, os funcionários de empresas do setor elétrico alertaram sobre o risco que a capacidade técnica-operacional do sistema está correndo por conta do processo de reestruturação da Eletrobras, com foco principal na redução do quadro de funcionários. A redução de número de empregados e de outros custos faz parte do objetivo da nova gestão da Eletrobras de tornar a companhia sustentável. Em novembro, o presidente da companhia, Wilson Ferreira Junior, anunciou um programa de demissão incentivada.
As concessionárias de energia de seis estados das regiões Norte e Nordeste (Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Alagoas e Piauí) devem ser as primeiras a passar pelo processo de desestatização, o que tende a comprometer um total de 7.500 empregos, segundo dados da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), que congrega sindicatos do setor. De acordo com representantes dos trabalhadores, a ideia da atual gestão é substituir parte dos servidores por terceirizados.
Ao contrário do que aponta a atual gestão, os trabalhadores avaliam que a reestruturação do sistema Eletrobras, representa aumento de tarifas e pior qualidade de serviço. "O processo de privatização do setor elétrico não trouxe redução tarifária. O papel da Eletrobras foi dar uma segurada nas tarifas", disse Gustavo Teixeira do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
As informações são da Agência Senado