Um trabalho conjunto das Secretarias de Energia e Mineração e da Habitação do estado de São Paulo, por meio da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), com as concessionárias de distribuição de energia, prevê a instalação de placas solares fotovoltaicas nas casas construídas pela CDHU, com recursos do Programa de P&D da Aneel, para a geração de até 80% da energia consumida pelas famílias. O projeto piloto tem como objetivo estabelecer um padrão para futuras construções, fomentar a energia fotovoltaica no setor residencial e aumentar a participação da geração solar na matriz energética do estado.
Na primeira fase, serão instalados sistemas fotovoltaicos em 14 unidades habitacionais do Conjunto Habitacional em Pontes Gestal e mais outras 8 unidades no Conjunto Habitacional em Elisiário. Também está em desenvolvimento outros projetos semelhantes para 93 residências em São José dos Campos e 104 unidades residenciais na cidade de São Paulo. Nesta primeira fase do projeto o morador não terá nenhum custo. Na segunda fase, os custos serão incorporados ao valor do empreendimento, de forma que estes sejam menores que o atual e que isto impacte da menor maneira possível no preço final da habitação. O preço total do imóvel tem que ser mantido dentro dos padrões dos programas da CDHU.
Em 2015, as 16 milhões de residências no estado foram responsáveis pelo consumo de 30% de toda energia consumida segundo o balanço energético publicado em setembro pela Secretaria de Energia e Mineração. "Esta parceria do Governo do Estado com as concessionárias irá permitir consolidar esta iniciativa em grande escala. O objetivo é que os moradores possam economizar na conta de energia e incentivar o uso de energia renovável", afirma o secretário da Habitação Rodrigo Garcia.
As concessionárias AES Eletropaulo, Elektro, EDP Bandeirante, CPFL Energia e Energisa estão participando desses projetos em conformidade com Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que determina para as distribuidoras a obrigatoriedade de investir 1% da receita operacional liquida em eficiência energética e pesquisa e desenvolvimento.