A etapa final da atividade envolveu 40 técnicos e foi realizada com a linha energizada, isto é, sem interrupção do fornecimento para conexão do empreendimento ao restante do sistema elétrico. Neste caso em especial, um trabalho inédito pela extensão e características da linha. Conforme a área de engenharia da companhia, a Linha de Transmissão Atlântida 2 – Torres faz parte do conjunto de projetos que vem sendo implementados com o propósito de trazer confiabilidade e robustez ao sistema energético de transmissão, com reflexos também na melhoria dos níveis de tensão, continuidade e confiabilidade do sistema de média e baixa tensão da região.
O diretor de Distribuição do Grupo CEEE, Julio Hofer, destaca que a companhia está focada em oferecer serviços de qualidade a todos os municípios da área de concessão. “No litoral Norte, os investimentos realizados reforçaram a qualidade do fornecimento não somente aos 300 mil clientes regulares da Empresa, mas à população de outras regiões do RS que escolhe esta para veranear”.
Além das obras estruturantes executadas, Hofer reitera as ações preventivas implementadas nos 23 municípios do litoral Norte para qualificar o fornecimento especialmente no verão, quando a demanda energética é maior. Ele informa que a CEEE do litoral Norte atua com 45 equipes leves e dez pesadas (com caminhões para serviços pesados). Desse total, 25 delas, entre os dias 31 dezembro e 1º de janeiro de 2017, estarão posicionadas em pontos estratégicos da orla gaúcha. “Isso é importante, porque diminui o tempo de deslocamento e prioriza o atendimento rápido aos nossos clientes, em caso de necessidade”, explica.
A CEEE possui nessa região 14 subestações: duas que integram o sistema de transmissão do RS e outras 12 que fazem o escoamento da energia aos diversos consumidores através dos 10 mil quilômetros de redes urbanas e rurais da região, em uma área de quase nove mil quilômetros quadrados. Há, ainda, 10 agências comerciais, sete postos de atendimento e seis postos conveniados.
Linha viva – A CEEE Distribuição vem adotando uma prática inovadora no mercado de energia elétrica, que é energizar as novas instalações de linhas e subestações com o método de linha viva, ou seja, sem interrupção de energia ao consumidor. Para a ligação da nova Linha de Transmissão 69 kV Atlântida 2 x Torres, seria previsto um desligamento de aproximadamente seis horas, mas com a técnica adotada pelas equipes de obras e de manutenção da Empresa, o pique no sistema foi inferior a 3 minutos.
Para que fosse possível fazer uso dessa técnica em um grande trecho de linha de transmissão (sem nenhum desligamento ao consumidor, foram adotados vários procedimentos para a execução da tarefa, principalmente para garantir a segurança dos executores e da população.
Em função da complexidade e do risco que envolve esse tipo operação, um dos passos indispensáveis foi a fase de planejamento do trabalho, com a preparação de um roteiro do passo a passo de todas as atividades, incluindo avaliações de proteção do sistema. Isso é necessário porque a linha existente está energizada e atendendo toda a carga da região, os riscos aumentam, seja por indução, seja por descarga ou até mesmo queimadura de arco elétrico na execução.