O consumo nacional de energia elétrica em dezembro (1º a 26/12) alcançou 60.334 MW médios, redução de 0,4% na comparação com o período de 3 a 28 de dezembro de 2015. Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o consumo no mercado cativo apresentou queda de 7%, ainda impactado pela migração de clientes para o mercado livre. Caso esse movimento não fosse considerado, a queda seria de 1%. Já no Ambiente de Contratação Livre (ACL), houve aumento de 23,5% no consumo que, sem o registro de novas cargas oriundas do mercado cativo, apresentaria queda de 4,1%.

Dentre os ramos industriais analisados pela CCEE, incluindo autoprodutores, comercializadores varejistas, consumidores livres e especiais, os segmentos que registram as maiores evoluções são o comércio (110%), manufaturados diversos (70,7%) e serviços (69%). O crescimento destes setores está vinculado à migração dos consumidores para o mercado livre.

Considerando a mesma base de comparação, a produção de energia reduziu 2,1% para 61.892 MW médios. Destaque para o desempenho das usinas eólicas, que registraram aumento de 30% na produção. As usinas hidráulicas, incluindo as pequenas centrais hidrelétricas, geraram 48.018 MW médios com representatividade de 77,6% sobre toda a energia gerada no país, índice 6,2 pontos percentuais superior ao registrado em 2015. Os dados também apontam queda de 34% na produção das usinas térmicas, reflexo da menor produção das usinas nucleares (-48,6%), a óleo diesel (-61,5%) e a gás (-34,8%).
 
A CCEE também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) gerem, em dezembro, o equivalente a 95,9% de suas garantias físicas, ou 47.252 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, este percentual foi de 89,6%.