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O Brasil aparece entre os países da América Latina com menor tarifa média geral em 2016, em pesquisa sobre tarifas elétricas na distribuição para consumidores regulados, elaborada pela Comissão de Integração Energética Regional. Com um valor médio de US$ 145/MWh, o país perde para o Equador (US$98/MWh) e a Argentina (US$ 54/MWh), mas está pouco acima da média regional, de US$ 143/ MWh. A maior média é de El Salvador, com US$ 234/MWh. Todos os valores incluem tributos.
O levantamento anual da Cier foi feito com 66 distribuidoras de 14 países latino-americanos, que atendem 72 milhões de consumidores e somam um montante anual de energia faturada de 334 TWh. Entre as empresas pesquisadas, 33% são privadas, 38% públicas e 29% tem participação pública e privada.
A tarifa de US$162/MWh em média para os clientes residenciais coloca o Brasil em posição intermediária, em sétimo lugar no ranking dos países pesquisados. Mais uma vez, a Argentina se destaca, com US$ 68/MWh, seguida do Paraguai, com US$ 76/MWh. As tarifas mais caras estão no Uruguai, com US$ 249/MWh, e em El Salvador, com US$ 263/MWh.
A pesquisa também calculou a tarifa média com impostos para consumidores até 200 kWh, definidos como representativos do segmento residencial entre as empresas participantes do levantamento da Cier. Os dados refletem, segundo a comissão, as tarifas aplicadas pelas distribuidoras aos clientes em sua área de concessão, e não os valores médios de tarifas do país. O Paraguai tem a média mais baixa, de US$ 69/MWh, e a Guatemala a mais alta, com US$ 230/MWh. O Brasil aparece em oitavo lugar, com US$ 169/MWh.
Os valores foram calculados a partir das tarifas e do dólar vigentes em 4 de janeiro desse ano para todos os países à exceção da Argentina, que teve como data de referência 1º de fevereiro. A Cier destaca que as tarifas de distribuição para clientes residenciais na região apresentam diferenças importantes, em razão de políticas públicas, sociais e econômicas diferentes.
Há também diferenças entre as empresas, ligadas a questões tecnológicas, fontes de energia, densidade de rede e consumo médio, qualidade do serviço e políticas públicas. A maioria dos países pesquisados aplicam tarifas sociais para garantir o acesso da população de baixa renda à energia elétrica, e em alguns países os impostos têm peso importante nas tarifas de distribuição.
A edição 2017 da pesquisa vai ser lançada pela Cier em fevereiro do ano que vem. O levantamento é custeado pelas distribuidoras participantes, e a comissão oferece desconto às empresas afiliadas.