"Foi identificada, ainda em primeira análise, que a diferença estava nos resultados dos Reservatórios de Energia Equivalente (REE) do Sudeste e do Paraná, mais especificamente das usinas das bacias dos rios Paraíba do Sul e do Alto Tietê, onde são observadas operações de transposição de vazões", publicou ONS em sua página na internet.
O ONS informou que o problema está sendo objeto de análise pelo Cepel, CEEE e o próprio ONS. "O ONS, Cepel e a CCEE iniciaram nesta segunda-feira, 2/01, uma análise detalhada sobre a redução no valor da Energia Armazenada Máxima – EArmMáx para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste publicado pelo modelo DECOMP, identificada durante o processo de elaboração do PMO para estabelecimento da estratégia operativa para o mês de janeiro de 2017 e cálculo do PLD para a 1ª semana operativa de janeiro de 2017, em relação ao calculado na última revisão do PMO de dezembro/2016."
Leontina, que colaborou na criação dos modelos matemáticos utilizados pelo setor elétrico, explicou que se o erro foi mesmo na representação da EArmMáx, o impacto no PLD será pequeno. Para Leontina, o erro pode ter ocorrido porque o modelo não representou corretamente a capacidade de armazenamento das bacias dos rios Paraíba do Sul e Alto Tietê, devido ao sistema de transposição de vazões. Ou seja, o modelo enxergou um "copo" maior do que realmente era. Contudo, como o "copo" tem andado vazio, esse erro não deverá traz mudanças relevantes para o cálculo do PLD. Além disso, afirmou a especialista, essas bacias não têm muita representatividade no submercado SE/CO.