A PriceWaterHouseCoopers Corporate Finance & Recovery (PwC) e a Ceres Inteligência Financeira venceram a licitação para prestar apoio técnico ao processo de venda de seis distribuidoras do grupo Eletrobras. A licitação foi anunciada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 29 de novembro e a sessão foi realizada no dia 21 de dezembro. A PwC e a Ceres apresentaram a menor proposta, porém a decisão só pode ser confirmada nesta quarta-feira, 4 de janeiro, após análise de recursos apresentados pelas empresas Deloitte Tohmatsu Consultores e Enerst & Young Assessoria Empresarial, que questionavam a capacidade técnica e experiência jurídica das empresas para realizar os serviços demandados.
 
O BNDES negou os pedidos de recursos, afirmando que "a documentação apresentada claramente comprovou a execução dos serviços de avaliação e elaboração de projeções de receitas, custos, despesas e investimentos de empresas do setor de distribuição de energia elétrica, sendo suficiente para atender à qualificação técnica exigida."

Segundo a ata do pregão, vista pela Agência CanalEnergia, o consórcio Mais Energia, liderado pela PwC apresentou a menor proposta para o produto B (avaliação econômica/financeira e serviços jurídicos, contábeis, técnico-operacionais e outros serviços profissionais especializados) no valor de R$ 17,7 milhões, frente a um preço teto de R$ 40,8 milhões. O consórcio conta ainda com as empresas Siglasul Consultoria e Loeser e Portela Advogados.
O produto A (avaliação econômica/financeira) foi vencido pela empresa Ceres, com o lance de R$ 2,22 milhões frente ao teto estabelecido de R$ 7 milhões. Ambos os contratos têm duração de 24 meses, prorrogável por no máximo 60 meses.

As empresas vão prestas consultoria para a desestatização das distribuidoras Cepisa (Piauí), Ceal (AL), Eletroacre (Acre), Ceron (RO), Boa Vista Energia (RR) e Amazonas Distribuidora de Energia. No ano passado, o Conselho de Administração da Eletrobras decidiu por não renovar as concessões dessas empresas que apresentavam prejuízos recorrentes. A expectativa é que a licitação desses ativos ocorra até o final de 2017. O processo de privatização das distribuidoras controladas pela Eletrobras se iniciou em novembro do ano passado com a venda da concessionária goiana Celg-D para a italiana Enel, pelo valor de R$ 2,18 bilhões, ágio de 28,03%.