Um forte temporal atingiu o estado do Rio Grande do Sul na última quarta-feira, 4 de janeiro, deixando um total de 215 mil clientes temporariamente sem energia elétrica. As chuvas também causaram alagamentos e o bloqueio da rodovia ERS-401, no trecho entre São Jerônimo e Charqueadas.
A CEEE informou que o pico do blecaute ocorreu quando 130 mil clientes ficaram sem energia por cerca de meia hora. Há ainda 6 mil clientes sem luz, informou a assessoria de imprensa.  A RGE Sul (antiga AES Sul) informou que 40 mil clientes foram afetados, a maior parte na área da região metropolitana de Porto Alegre; há ainda 10 mil sem luz.
A assessoria de comunicação da concessionária RGE informou que em sua área de concessão 45 mil clientes tiveram o serviço de energia interrompido. Apenas na região de Gravataí foram 27 mil clientes afetados por causa de falhas em alimentadores e religadores. O serviço foi parcialmente reestabelecido, restando ainda 9 mil clientes sem energia na área de concessão da empresa.
A RGE alertou a população para o ingresso de uma nova massa de ar no Rio Grande do Sul, que trará novos temporais nesta quinta-feira, 5. "A chuva de ontem não foi um terço da chuva esperada para hoje", alertou a assessoria.
"Equipes de campo estão mobilizadas desde ontem, quando um forte temporal, acompanhado fortes rajadas de vento e de um número elevado de descargas atmosféricas, causou severos danos à rede de distribuição de energia elétrica. Em virtude desses danos e da necessidade da utilização de maquinário pesado para recompor os estragos, alguns clientes podem ter um prazo maior de restabelecimento do serviço. As equipes de campo ainda enfrentam problemas de acesso nos locais mais afastados dos centros urbanos devido à precariedade das estradas", explicou a RGE.
"Cabe ressaltar que as equipes em campo e o Centro de Operações Integrado da RGE estão trabalhando ininterruptamente desde o início dos temporais, já tendo restabelecido o serviço para um número expressivo de clientes que estavam sem energia. Porém, a sequência de dias com o registro de mau tempo é o principal empecilho para normalizar o número de ocorrências", completou a concessionária que faz parte do grupo CPFL Energia.