A Copel Energia foi criada no primeiro semestre do ano passado e é o braço de comercialização da Copel, que também atua em geração, transmissão e distribuição de energia no Paraná e em outros estados brasileiros. A nova companhia terminou 2016 com 30 clientes e 30 MW médios comercializados. O objetivo é ampliar esse negócio para 150 MW médios em 2017 com o consumidor varejista participando ativamente desse crescimento, disse Franklin Miguel, diretor presidente da Copel Energia.
"O comercializador varejista permite que o pequeno consumidor saia da distribuidora, mas continue cliente da Copel no mercado livre sem que ele sofra nenhum tipo de mudança significativa nos processos [de compra de energia]", destacou o executivo em entrevista à Agência CanalEnergia nesta segunda-feira, 9 de janeiro.
Segundo a CCEE, em 2016 houve a migração de 2.102 consumidores especiais, sendo 60% composta por clientes com carga de até 0,4 MW médios. Esses clientes buscam no mercado livre uma oportunidade para reduzir os custos com energia elétrica. Porém, muitas vezes a burocracia que envolve esse processo acaba afugentando os consumidores. O comercializador varejista facilitaria esse processo.
Além dos benefícios para os consumidores, o diretor da Copel também vê ganhos operacionais na gestão dos clientes da Copel. A ideia é migrar para a modalidade varejista clientes livres que hoje estão como consumidores especiais. A Copel também pretende atuar na representação de ativos de geração de pequenas centrais hidrelétricas, comprando e revendendo a energia para seus clientes. Outro negócio será o serviço de gestão de contratos. Em 2016, a Copel prestava consultoria para 22 empresas e a meta é quintuplicar esse número em 2017. Também estão autorizadas a atuar como comercializador varejista as empresas Comerc Energia, CPFL Brasil e Elektro.