Orçada em mais de R$ 1,2 bilhão, a licitação para a montagem da termelétrica foi realizada em 2012, vencida pela construtora Andrade Gutierrez. A usina era para ser entregue em janeiro de 2015, mas ficou paralisada por dois anos por questões judiciais. A Amazonas GT atrasou por mais 90 dias o pagamento de faturas, que correspondiam a 3,1% do valor do contrato de construção, o que levou a Andrade a interromper as obras. A situação foi regularizada ainda em 2014, mas a obra só foi retomada em 2015 um acordo que contou com participação ativa do então ministro de Minas e Energia e senador pelo Estado do Amazonas, Eduardo Braga.
O acordou estendeu o compromisso de entrega de energia da usina para janeiro de 2019. O MME informou, em nota, que havia uma previsão de início dos testes das unidades geradoras UG1 e UG2, de 189 MW cada, correspondentes ao ciclo aberto da usina, em dezembro de 2016. No entanto, ainda há pendências documentais junto ao Operador Nacional do Sistema (ONS) e também pendências relacionadas ao contrato de fornecimento de gás natural para a usina.
"As tratativas estão em andamento e o MME, no exercício de sua função de monitoramento da expansão da geração, irá auxiliar na solução da questão", escreveu o ministério. A conclusão da UG3 da usina (fechamento do ciclo combinado) tem previsão de entrada em operação em maio de 2017. A reportagem pediu novos esclarecimentos à Amazonas GT sobre o andamento da negociação do contrato de fornecimento de gás, mas não obteve resposta. O fornecimento de gás depende do acordo entre a Cigas, fornecedora do combustível, e a Petrobras. As tratativas estão em andamento, mas sem previsão de conclusão.
A usina está instalada no munícipio de Mauazinho, zona leste de Manaus. O projeto prevê o consumo diário de 2.300.000 metros cúbicos de gás natural. A usina é importante para garantir estabilidade e confiabilidade ao sistema elétrico Manaus com a sua conexão ao Sistema Integrado Nacional (SIN), bem como evitar o uso de usinas térmicas a óleo, mais caras e mais poluentes.