Desde o mês de dezembro de 2016 até os primeiros dias de janeiro já foram registrados 288 casos de falta de energia motivadas pela brincadeira de pipas, em todo o estado do Pará, segundo dados da Celpa. Só na região Metropolitana de Belém, esse número chegou a 79. Em Santarém, no Oeste do Pará, foram 50 situações de interrupção por causa dos papagaios.
O gerente da área de Operação da Celpa, Dagoberto Santos, alerta sobre os perigos em que a brincadeira pode resultar. "Para ter uma ideia, no ano passado foram contabilizadas 6.719 ocorrências de interrupção do fornecimento por conta das pipas, em todo o estado do Pará. Essa é uma situação que se intensifica no mês de junho, mas também precisamos ficar em alerta neste período do ano que também é de férias escolares", explica o gerente.
A respeito do assunto, a concessionária orienta que a atividade seja praticada o mais longe possível da fiação elétrica e que barras de ferro, trilhos de cortina, pedaços de madeira e outros materiais que são condutores de eletricidade, também jamais devem ser usados para retirar as pipas dos fios. Nesses casos o risco de um curto-circuito ou uma descarga elétrica fatal tende a aumentar.
De acordo com o executivo da área de Segurança da Celpa, Alex Fernandes, o cerol é outro ponto que merece atenção. "Vale a gente ressaltar que o produto é ilegal, mas ainda assim é utilizado para dar maior força de corte à linha. Ao entrar em contato com a fiação elétrica, também pode provocar um curto-circuito, além de representar um risco iminente a pessoa que utiliza pelo potencial de corte", diz.