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A ideia de se realizar o leilão inverso, apresentada na última reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, é considerada muito oportuna pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica. A entidade aponta que a medida afeta positivamente tanto a geração, quanto o próprio governo, consumidores e distribuidoras. A entidade ainda é cautelosa quanto a avaliação de qual deverá a adesão em termos de projetos do setor que representa, principalmente, do primeiro leilão de reserva em que a fonte participou onde diversos empreendimentos entraram com pedido para extensão do prazo de operação comercial.
De acordo com o presidente executivo da entidade, Rodrigo Sauaia, é necessário conhecer as diretrizes que serão estabelecidas pelo governo. Somente com esses dados em mãos é que os empreendedores conseguirão efetivamente avaliar qual poderá ser o melhor caminho para cada projeto. Um desses poderia ser a efetiva adesão com o pagamento de um valor para confirmar a desistência do projeto. Outro caminho ainda viável é enfrentar as penalizações previstas nos contratos e seguir em frente para colocar em operação os projetos.
“Sem as informações básicas de como funcionará o leilão inverso fica difícil dizer como é que os empreendedores direcionarão suas ações, mas a análise será para cada caso, individualmente”, comentou. “O único momento em que saberemos qual será a melhor opção será depois do leilão, pois somente aí que conheceremos o preço dessa descontratação, o volume e as fontes que deverão aderir”, disse ele à Agência CanalEnergia.
Até o momento foram negociados cerca de 3 GWp em capacidade instalada da fonte solar fotovoltaica em leilões de reserva. Desses, 2,6 GWp ainda estão em implantação. O primeiro em que projetos dessa natureza começaram a negociar energia foi no 6º LER, realizado no final de outubro de 2014 com início de suprimento para o início de outubro deste ano.
Sauaia faz coro com outras associações ao afirmar que o planejamento deverá ser beneficiado já que há projetos que por diferentes razões não devem ser implantados. Dentre as ocorrências possíveis e mais comuns estão questões econômicas, de licenciamento ambiental, problemas com fornecedores que inesperadamente não cumprem seus compromissos e podem impactar desde o cronograma com atrasos a até a inviabilização de um projeto.
O executivo lembrou que a retirada desses projetos do deck levará a uma melhor compreensão da energia do que realmente poderá entrar em operação comercial no país na data planejada, afinal não pode simplesmente incluir projetos cuja viabilidade está prejudicada. “Quando temos uma oportunidade como essa de descontratar projetos com baixa viabilidade contribuímos para a precisão de um planejamento do setor que trará benefícios a todos”, comentou. “Com essa clareza de projetos o governo pode contratar a demanda adicional que efetivamente pode sair do papel e evitar a geração térmica como tivemos desde 2014 até o início de 2016, com preços mais elevados e maior impacto nas tarifas”, acrescentou.
Agora, de uma forma geral, pelo lado dos empreendedores, o leilão é uma medida que ajuda a essas empresas, principalmente aquelas em situação mais delicada com os projetos a avaliar qual é a melhor saída. Pois há casos de atrasos, companhias em dificuldades financeiras ou atrasos gerados por imprevisibilidades ou casos excepcionais. “A ideia é de eliminar esses passivos de empresas que se viram em dificuldades, querem tirar os projetos mas não podem entregar projetos a qualquer preço”, indicou.
No terceiro elo dessa cadeia estão os consumidores e as distribuidoras que podem ter a oferta de energia firme ao invés de quando chegar o momento de demanda não ter esse insumo e o governo ter que acionar as térmicas como no passado.