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A CPFL Energia prevê completar em quatro ou cinco anos todo o projeto de modernização de seu Centro de Operação do Sistema (COS). Para isso está investindo cerca de R$ 90 milhões em três projetos distintos que visam preparar a empresa para modernização do atendimento ao cliente de todas as suas distribuidoras no estado de São Paulo. Os aportes são em tecnologia, ampliação da rede de comunicação RF Mesh e em sistemas, que deverá levar à substituição do Scada.
Esse terceiro item está em tomada de preços para a escolha do fornecedor e deverá consumir ao total, R$ 35 milhões. É chamado internamente de projeto ADMS que será o responsável pela unificação dos quatro sistemas que são utilizados pela companhia, o Scada, OMS, DMS e EMS, que proporcionará condições para a operação diária suportar as demandas do grupo, bem como integrar as redes inteligentes que a CPFL vem implantando.
De acordo com o diretor de Operações da CPFL Energia, Thiago Guth, a expansão da telemedição para os clientes de baixa tensão não seria inviabilizado sem esse aporte. Mas ao integrar os sistemas deixa a plataforma do COS mais moderna e de certa forma traria limitações. “Poderíamos fazer tranquilamente a telemedição, independente dessa modernização, mas o investimento é importante para que possamos ter um sistema que permita colher os ganhos dessa operação”, afirmou ele.
Investir no COS, que existe há 40 anos, não é novidade para a CPFL, contou o executivo. Na linha do tempo o centro sempre foi visto como referência em inovação quando se analisa a evolução da automatização da rede de distribuição no país. Mas essa que está em curso é uma das mais amplas e visa preparar o centro para o avanço das aplicações de smart grid no país. “É um projeto complexo, ao mesmo tempo que vamos avançando as redes inteligentes também seguem esse mesmo caminho, em paralelo, pois está no mapa estratégico. Não é um projeto de curto prazo, a nossa expectativa é de que após definirmos a aquisição do sistema a nova plataforma substituirá o Scada, mas depende de comissionamento, testes. Então esperamos que tudo esteja pronto, inclusive nas distribuidoras do Rio Grande do Sul, em questão de quatro a cinco anos”, afirmou.
Segundo a CPFL, o mais recente projeto concluído entre os três previstos foi o da digitalização da comunicação entre operadores e as equipes de campo. Nesse sistema foram aplicados R$ 15 milhões para melhorar o desempenho e a qualidade da comunicação por voz entre as duas partes. Esse novo sistema também permite a transmissão de dados e despacho de ordens de serviço atuando como backup da rede de celular. A escolha da rede Mesh teve como base o nível de confiabilidade e disponibilidade mais elevadas que na rede de telefonia móvel existente, explicou Guth.
Outro investimento em telecomunicações em fase de implantação no Centro de Operação do Sistema e também nos Centros de Operação Integrados que atuam na rede de distribuição da CPFL é a criação de uma estrutura própria de transmissão de dados entre subestações, religadoras e operadores. Serão cerca de R$ 40 milhões em 2017 para tornar o COS e COIs independentes da rede GPRS. Nesta fase de implantação, o sistema RF Mesh, que já conectava 26 mil medidores inteligentes de grandes clientes industriais e comerciais para a medição e o faturamento à distância, passará a interligar 3.700 religadores automáticos.