A Fitch atribuiu selo de bom pagador para a primeira emissão de debêntures da Transmissora Sul Litorânea de Energia (TSLE), no valor de R$ 150 milhões e vencimento em 2030. Segundo a agência de classificação de risco americana, o rating ‘AA+ (bra) com perspectiva estável reflete os baixos riscos operacionais do projeto e a natureza previsível e estável das receitas do empreendimento.

A transmissora é uma sociedade entre a Eletrosul (51%) e a CEEE-GT (49%). A TSLE foi desenvolvida para construir, manter e operar três linhas de transmissão de alta tensão, com extensão total de 487 km, três subestações e mais uma expansão de subestação. O projeto está localizado no Rio Grande do Sul, e seu principal objetivo é escoar a energia produzida pelos projetos eólicos existentes e a serem implantados na região.

A concessão foi arrematada em leilão realizado em junho de 2012, com uma receita real de R$ 77,4 milhões. A receita adicional do reforço é de R$ 5,2 milhões ao ano. A concessão tem prazo de 30 anos, a contar da data de assinatura do contrato, expirando em julho de 2042.

As operações do trecho sul da linha se iniciaram em dezembro de 2014, ao passo que as operações do trecho norte, do primeiro síncrono e do segundo síncrono começaram em março, maio e novembro de 2015, respectivamente. As penalidades associadas ao atraso em relação aos prazos iniciais já foram totalmente pagas.

O reforço da subestação Povo Novo, em andamento desde agosto de 2015 e cuja entrada em operação comercial está prevista para abril de 2017, perfazerá um atraso de cinco meses em relação ao cronograma inicial. A penalidade máxima, contudo, será de 12,5% da RAP adicional do reforço e foi considerada nas projeções de fluxo de caixa. O término do reforço será financiado com parte dos recursos advindos da emissão da primeira série de debêntures.