A melhora na avaliação ocorreu em função da notícia de que o grupo chinês State Grid Corporation Of China (SGCC) se tornou o novo controlador da CPFL energia após comprar 54,64% do capital total da elétrica brasileira, pelo valor de R$ 14,2 bilhões. Além disso, os chineses anunciaram que farão uma oferta pública para a recompra das ações que permanecem no mercado, com potencial desembolso adicional de R$ 11,8 bilhões. Com a aquisição, o grupo CPFL passa a ser a maior subsidiária da SGCC fora da China.
A Fitch espera que a CPFL Energia e suas subsidiárias se beneficiem, ao longo do tempo, do suporte de sua nova controladora, que poderá se concretizar por meio de aportes de capital; mútuos; garantias de dívida; e intermediação de empréstimos menos onerosos de instituições financeiras chinesas.
Caso o suporte dos chineses se concretize, a Fitch entende que a alavancagem financeira líquida consolidada da CPFL Energia possa ficar na faixa de 2,5 vezes a 3,5 vezes de curto a médio prazo, abaixo dos 5,5 vezes reportado pela elétrica no final do terceiro trimestre de 2016. Caso contrário, a agência entende que este índice poderá permanecer em patamar de moderado a elevado, superior a 4,0 vezes (relação dívida/ebitda).
Segundo a Fitch, os ratings atuais da CPFL Energia e de suas subsidiárias, que foram afirmados, contemplam a forte posição de mercado, como maior grupo privado do setor elétrico brasileiro, e sua positiva diversificação de ativos de distribuição e geração de energia. O moderado risco regulatório do setor elétrico e o risco hidrológico inerente a este setor de atuação também são considerados nas classificações. As classificações também se baseiam no perfil de risco consolidado do grupo CPFL.