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As privatizações das distribuidoras da Eletrobras, pautadas para acontecer ainda este ano, devem trazer um grande volume de investimentos no setor, segundo avaliação da Choice, empresa de tecnologia para utilities. Para o CEO Denis Maia, esse processo, além de despertar o interesse de grandes grupos internacionais e nacionais, vai trazer ao país as melhores práticas no assunto adotadas no mercado global. “Vai ser um movimento positivo para o Brasil, os investimentos em perdas serão maciços nessas empresas pós-privatização. Qualquer comprador vai ter como prioridade a redução de perdas “, admite.
Para Maia, a redução de perdas traz para essas concessionárias à venda um alto potencial de transformação, o que aumenta a sua atratividade. Ainda segundo Maia, o modelo regulatório brasileiro também contempla as perdas, inseridas na composição da tarifa. A recuperação da nova receita também possibilita retorno para os acionistas das distribuidoras. Eletrobras Amazonas Energia (AM), Eletrobras Distribuição Alagoas (AL), Eletrobras Distribuição Piauí (PI), Eletrobras Distribuição Roraima, Eletrobras Distribuição Rondônia (RO) e Eletrobras Distribuição Acre (AC) historicamente tem nas perdas um problema. A Celg (GO), que estava em poder da Eletrobras e foi vendida para a Enel, também tinha índices altos de perdas de energia, devendo receber atenção especial do novo dono.
Em 2016, a solução Revenue Inteligence da Choice fez a Celpe bater sua meta de energia recuperada. A solução deu um refino nas buscas e indica os consumidores com maior probabilidade de se detectar fraudes por meio de algoritmos de inteligência artificial. Ela consegue achar a fraude que vale mais em termos de recuperação de receita. Outras distribuidoras, como Light (RJ) e AES Eletropaulo (SP) também já fazem uso de soluções da Choice.
Com atuação internacional e em mercados considerados emergentes, a Choice vê o Brasil como um dos líderes em busca de tecnologias contra perdas de energia. O aumento das perdas comercias também sinalizam que todo o setor deve aumentar seus investimentos. Ele conta que o movimento de buscas por tecnologias de inteligência para eficientização por aqui já superou a procura por tecnologias de medição. Frisando o grande potencial de mercado que o país tem nessa área, o executivo atualmente coloca a Colômbia como a maior parceira da Choice na América Latina. Contratos firmados com as Empresas Públicas de Medellín na área de água e energia a colocaram nesse patamar. Uma regulação local arrojada também favorece a atuação de empresas de tecnologia. “A Colômbia tem uma regulação pró-redução de perdas com aspectos mais avançados que a do Brasil, como reconhecimento de soluções de softwares como investimentos a serem compensados na tarifa, o que não acontece aqui”, observa.