Ambas emissões, de espécie quirografária, serão realizadas em duas séries, com prazos de cinco e sete anos, contarão com aval da CPFL Energia, controladora integral das emissoras. Os recursos serão destinados a investimentos e/ou a financiamento do capital de giro das duas distribuidoras de energia.
Atualmente, a Fitch classifica os ratings corporativos da CPFL Energia, da CPFL Piratininga e da RGE em ‘AA(bra)’, todos com "perspectiva positiva". Parte em razão da forte posição de mercado do grupo CPFL, parte porque a mudança de controlador pode aumentar a flexibilidade financeira do grupo, podendo até reduzir as pressões de alavancagem.
Em 23 de janeiro, a State Grid Corporation of China se tornou o novo controlador da CPFL energia após comprar 54,64% do capital total da elétrica brasileira, pelo valor de R$ 14,2 bilhões. Os chineses anunciaram que farão uma oferta pública para a recompra das ações que permanecem no mercado, com potencial desembolso adicional de R$ 11,8 bilhões. Com a aquisição, o grupo CPFL passa a ser a maior subsidiária da SGCC fora da China.
A Fitch espera que a CPFL Energia e suas subsidiárias se beneficiem, ao longo do tempo, do suporte de sua nova controladora, que poderá se concretizar por meio de aportes de capital; mútuos; garantias de dívida; e intermediação de empréstimos menos onerosos de instituições financeiras chinesas.