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A busca por uma maior otimização nos processos internos fez com que a EDP Brasil implantasse, de forma pioneira no setor elétrico um sistema de robotização na empresa capaz de agilizar e aperfeiçoar rotinas executadas por colaboradores. De acordo com o CEO da empresa, Miguel Setas, o Robô 1 Serviços Partilhados, que teve investimentos de R$ 1 milhão, vai permitir concentrar os colaboradores nas atividades da análise, fazendo com que eles tenham que destinar menos tempo para determinadas tarefas. “Na prática é um estágio mais avançado da automação, com inteligência”, observa.

O executivo conta que o sistema de robotização, desenvolvido em parceria com a EY, viabiliza as rotinas de forma automática com inteligência. A supervisão do robô é feita pelos colaboradores da empresa, o que permite que de modo gradual ele vá aprendendo com o que é decidido por eles. Quando aparece alguma espécie de dúvida, ele vai absorvendo a orientação tomada pelo funcionário. “O colaborador toma a decisão e a máquina vai aprendendo com as decisões que vão sendo tomadas. São sistemas que vão tendo um aprendizado progressivo, contrastando com uma automação normal”, avisa Setas, que coloca essa ‘inteligência’ do robô como diferencial.

Esse investimento vem em linha com a modernização digital que vem sendo implantada por várias empresas. Dentro do programa de “agenda digital” da EDP, a robotização foi vista como uma melhoria que poderia trazer resultados para o grupo de origem portuguesa.

Essa robotização vai ser adotada no início pelo Centro de Serviços Partilhados da EDP, no preenchimento de guias tributárias, em conciliação bancária e no recebimento de notas fiscais. Esses processos envolvem uma grande quantidade de dados, que demandam atividades de rotina e com pouco valor a acrescentar. Segundo Setas, a intenção é recuperar o investimento em menos de um ano e ampliar a robotização para todo tipo de atividade de caráter repetitivo e baixo valor. O número de horas extras também deve diminuir. A meta é de que processos que consumiam 70% de rotina e 30% de análise dos colaboradores revertam o quadro para até 20% de rotina e 80% de análise.

A busca por mais eficiência e otimização nos processos coincide com o momento da EDP, em que ela aparece em novos segmentos, como a transmissão e mira em serviços de energia. “O objetivo é também permitir que o crescimento seja mais eficiente e ter uma maior eficiência no número de pessoas”, observa Setas. Ele acredita que esse tipo de tecnologia vai ser usado por outras empresas do setor. A robotização de processos já está em curso em países como Japão, Estados Unidos e Coréia do Sul. A matriz da EDP, em Portugal, também trabalha em um projeto similar.

O complicado momento econômico que o Brasil e o setor elétrico atravessam também fortalece a adoção do R1SP. Com a procura da eficiência contínua funcionando como mantra, mais melhoria e rapidez nos processos sempre aparecerão como diferenciais no desempenho das empresas. “Isso é mais um passo na busca pela eficiência e produtividade, conseguir fazer mais com a mesma estrutura”, aponta Setas.