Há um ano, os consumidores de pequeno porte (chamados de especiais) que aderiram ao mercado livre de energia ganhavam um importante impulso na hora de decidir pela migração: o fim da exigência da instalação de um medidor de retaguarda para compor o Sistema de Medição de Faturamento – SMF.  Hoje, a bem-sucedida discussão promovida pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) com os agentes, que culminou na Resolução Normativa 688/2015, já beneficia cerca de 3.800 unidades consumidoras.

A simplificação do SMF será ampliada tanto para os consumidores livres de maior porte (demanda acima de 3 MW) como também para geradores conectados na rede de distribuição cujas usinas não sejam programadas ou despachadas centralizadamente pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o que beneficiará mais uma importante fatia de empresas que analisam sua entrada no mercado livre de energia. A decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de ampliar o benefício aos consumidores livres e geradores aconteceu na última terça-feira, 7 de fevereiro. 

“A flexibilização ajudou não apenas na tomada de decisão destes consumidores para migrarem para o mercado livre, mas também diminuiu possíveis custos adicionais com intervenções físicas no sistema de medição instalados nas empresas. A iniciativa foi um sucesso, pois foram registradas ocorrências mínimas nas operações diárias de medição”, disse Dalmir Capetta, gerente de Engenharia e Operação da Medição da CCEE.

Apenas em 2016, a CCEE registrou a adesão de 2.102 consumidores especiais (empresas com demanda de energia entre 0,5 MW e 3 MW) ao mercado livre de energia, número quase 30 vezes superior ao de 2015, quando 72 empresas desse tipo completaram esse movimento. Para 2017, há mais de 1.100 pedidos de migração em aberto, sendo 1.044 de consumidores especiais.