Em busca de novos investimentos para o Rio Grande do Sul, o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori e o secretário de Minas e Energia, Artur Lemos Júnior, receberam na última sexta-feira, 17 de fevereiro, uma comitiva de empresários da Copelmi Mineração, no Palácio Piratini. Em pauta, a intenção de instalação de uma usina de gaseificação de carvão na Região do Baixo Jacuí, com uma projeção de investimento de US$ 1,5 bilhão, conforme previsão de consultores internacionais. A proposta foi entregue após as secretarias de Minas e Energia e de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia receberem o resultado de um estudo que atesta a viabilidade da construção de um complexo industrial a partir de uma política carboquímica, ou seja, a base do uso de carvão verde, extraído com o mínimo de danos ao meio ambiente.
De acordo com Lemos, o estudo comprova que o projeto é viável economicamente e possui uma boa reserva de mercado. "O novo complexo poderá ser uma solução caseira para a internalização de arrecadação do ICMS e também para o fornecimento deste insumo que é muito importante para as indústrias gaúchas". O secretário explica que o mercado gaúcho tem recepção de mercado para produtos como gás natural, fertilizantes e até metanol, que é utilizado nas indústrias de biodiesel. Ainda conforme Lemos, a Copelmi Mineração será responsável por buscar investidores internacionais para a concretização do empreendimento. "Iremos trabalhar com um polo carboquímico. Devemos tratar quimicamente o carvão e, através da gaseificação, vamos controlar a emissão de gases nocivos", ressaltou Lemos.
O produto intermediário desse processo carboquímico, o Syngas, é um importante insumo para a indústria química, principal fonte dos chamados produtos da Química do C1, em especial, amônia e seus derivados e o metanol. Pode também ser produzido gasolina, nafta e outros. A possível integração desses dois projetos, daria corpo ao Polo Carboquímico, agregando a produção de GNS para substituir o gás natural em seu uso energético e a produção das commodities petroquímicas.
A Copelmi, que desenvolve o projeto desde 2014, possui parceria com uma empresa sul-coreana que deve participar com 30% no investimento. A intenção é começar a construção a partir de 2018, com prazo de três anos para conclusão da mina.