A Weg reportou na manhã desta quarta-feira, 22 de fevereiro, uma queda de 3,3% em seu lucro líquido em 2016 quando comparado a 2015. Os ganhos da companhia somaram R$ 1,12 bilhão contra R$ 1,16 bilhão no período anterior. A margem liquida, contudo, teve uma leve alta e passou de 11,8% para 11,9% no ano passado. O resultado do ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou 4,8% no ano, para R$ 1,4 bilhão. A margem ebitda recuou 0,1 ponto porcentual no período, para 15%. Considerando apenas o quarto trimestre, a Weg teve uma queda mais acentuada nos resultados com ganhos 15,8% menores, que passaram a R$ 323,2 milhões.

A receita líquida de vendas da empresa no ano caiu 4%, sendo que a maior desaceleração foi notada no mercado interno com queda de 5,3%, passando a R$ 4 bilhões. Nas atividades no exterior a receita da companhia também caiu, mas em 3%, para R$ 5,5 bilhões. Apenas no quarto trimestre esse indicador ficou 13,6% menor, R$ 2,4 bilhões. Um destaque que a empresa sinalizou é que, apesar do desempenho no quarto trimestre, nesse período a companhia começou a notar a expectativa de normalização do ambiente de negócios no país, mas este movimento deverá ser lento e gradual.
No segmento de negócios GTD da Weg, a empresa indica que há duas situações diversas no setor elétrico. Para a geração de energia a demanda é classificada como fraca, reflexo do atual cenário de retração do consumo de energia. E a estimativa da empresa é de que o ritmo nessa área deverá seguir lento por algum tempo, até que se tenha clareza da robustez da recuperação da demanda. Já em transmissão e distribuição o cenário é diferente, resultado das mudanças nas condições dos leilões e que levou a boa parte dos lotes arrematados no último certame.
Em relação à participação da GTD na composição de receita da Weg houve relativa estabilidade quando se compara os números do quarto trimestre de 2016 e de 2015. A área de negócios respondeu por 32,2% ano passado, contra 32% do anterior. O maior crescimento se deu no mercado interno com elevação de 3,7 p.p, passando de 17,9% para 21,6%, enquanto o mercado externo respondeu por 10,6% da receita da empresa nos três últimos meses de 2016.
Os investimentos totais da companhia em expansão e modernização somaram R$ 235,5 milhões em 2016. O Brasil foi o destino de 29% desses recursos, enquanto 71% foram aplicados no exterior, com destaque para a continuidade dos projetos nas unidades de motores elétricos no México e na China. A Weg não possui dívida líquida, e o caixa da empresa encerrou o ano com R$ 458,9 milhões. A dívida financeira bruta somava, ao final do ano, R$ 4,489 bilhões, ante disponibilidade de R$ 4,948 bilhões.