A Celesc informou que a procura para participar do programa Bônus Fotovoltaico ultrapassou 10 mil inscritos em pouco mais de 48 horas, superando a expectativa da concessionária e demonstrando o grande interesse do consumidor catarinense em gerar sua própria energia em casa. A iniciativa, lançada na última segunda-feira, 20 de fevereiro, prevê subsidiar a compra de mil microssistemas solares para residências na área de concessão da Celesc D, em Santa Catarina.

Em algumas regiões, as vagas foram preenchidas em apenas trinta minutos. O cadastro ainda ficará disponível para lista de espera. “Essa grande procura realmente nos surpreendeu. Os catarinenses demonstram a disposição em economizar dinheiro e energia, investindo em tecnologias com uso de fontes renováveis. Ficamos muito satisfeitos de abrir esse caminho em prol da sustentabilidade”, disse o presidente da Celesc, Cleverson Siewert, em nota à imprensa.

O investimento total no projeto está estimado em R$ 17 milhões, sendo 60% desse valor (R$ 11,3 milhões) custeado com recursos do Programa de Eficiência Energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o qual determina que a distribuidora destine 0,5% do seu faturamento para programas de conservação de energia. Os consumidores selecionados receberão um kit com um sistema fotovoltaico de 2,6 kWp e um inversor, pagando como contrapartida 40% do custo do equipamento, algo entorno de R$ 6,7 mil.

Poderão participar clientes que estiverem adimplentes com a concessionária, com perfil de consumo de 350 kWh/mês, ter uma área mínima disponível de telhado de 20 metros quadrados, livre de sombreamento, e com angulação e posição que viabilize a geração solar. Com a geração estimada mensal de 283,25 kWh, o sistema deverá proporcionar uma economia na fatura de energia de R$ 154,23/mês, o que permitirá ao cliente beneficiado com o sistema obter o retorno do seu investimento em um prazo de 42 meses.

Aquisição, instalação e manutenção dos equipamentos (módulo e inversor) serão realizados pela Engie Brasil Geração Solar Distribuída, braço do grupo Engie (ex-Tractebel), vencedora da licitação. Cada residência receberá 10 painéis solares produzidos pela chinesa JA Solar e um inversor de frequência da ABB. A expectativa é que até final de 2017 todos os sistemas estejam operando, dobrando a potência total instalada de geração distribuída do Estado dos atuais 2,8 MW para 5,4 MW. Todas as microusinas serão monitoradas até janeiro de 2019 e receberão manutenção pela Engie. Após esse período, o consumidor fica responsável pela manutenção dos equipamentos.

“A alta adesão já no primeiro dia é uma garantia para o sucesso do projeto. Mostra que Santa Catarina está muito atenta para inovações, como a energia solar. Uma tecnologia que, além de gerar benefício econômico, representa um relevante bem ao meio ambiente”, disse presidente da Engie Solar, Rodolfo Sousa Pinto.

Segundo a Celesc, até as 12 horas desta quarta-feira, 22 de fevereiro, houve a inscrição de 10.157 unidades consumidoras. Desse total, 4.373 atenderam as exigências iniciais (estavam adimplentes, com cadastro atualizado e com consumo médio de 350 kWh / mês). Os primeiros mil inscritos passarão por análise técnica "in loco", para verificar a viabilidade do local para o recebimento da usina solar; os 3.373 ficarão em uma lista de espera.

Os clientes da Celesc ainda podem se cadastrar pelo site www.bonusfotovoltaico.celesc.com.br. A inscrição é por ordem de acesso, mas no caso de os primeiros que se cadastraram não cumprirem os pré-requisitos, aqueles em fila espera serão chamados.