A Enel Distribuição Rio, ex-Ampla, divulgou um prejuízo de R$ 221,8 milhões em 2016, maior que as perdas verificadas no ano anterior de R$ 35,2 milhões. O ebitda da empresa caiu 4,6% para R$ 380,3 milhões e o ebit recuou para 27,9% para R$ 127,1 milhões. Segundo a Enel Rio, o aumento do prejuízo foi em decorrência, principalmente, da queda do ebit e ao incremento nos encargos financeiros em função da maior dívida para cobrir os investimentos para modernizar a rede, melhorar a qualidade do serviço e conectar novos clientes.

Os investimentos da empresa cresceram 14,5% no ano passado para R$ 920,8 milhões. Segundo Carlo Zorzoli, country manager da Enel Brasil, os investimentos realizados já refletem nos indicadores de qualidade do serviço da companhia. "A solidez dos nossos fundamentos e a confiança do acionista controlador estão nos ajudando a passar pela crise econômica que tem afetado principalmente o Estado do Rio de Janeiro e que tem impactado os resultados financeiros da Enel Distribuição Rio em 2016”, afirmou em nota à imprensa.

O ebtida caiu devido ao impacto negativo decorrente do aumento das provisões para inadimplência, atribuído, principalmente, ao cenário macroeconômico adverso do estado do Rio de Janeiro e do país. Já o ebit reduziu, principalmente, devido à maior depreciação e amortização como resultado da maior base de ativos decorrente do investimento no período. Esses investimentos foram destinados para modernização da rede de distribuição para melhorar a qualidade do serviço assim como para conexão de novos clientes.

A receita bruta da empresa caiu 11,2% no ano para R$ 7,576 bilhões em 2016. A queda ocorreu, principalmente, devido à contabilização de maior passivo regulatório, resultado do menor custo de compra de energia em 2016, que será deduzido do reajuste tarifário de 2017. Houve ligeira redução de 1,4% na venda e transporte de energia, como consequência da redução do consumo de energia em função da desaceleração econômica. Esses efeitos foram parcialmente compensados pelos reajustes tarifários aprovados pela Aneel em março de 2015 e março de 2016.