A AES Eletropaulo (SP) apresentou lucro líquido de R$ 20,9 milhões em 2016, uma retração de 79,3% na comparação com 2015. Já nos últimos três meses do ano passado o resultado também esteve no campo positivo, com R$ 19,4 milhões, aumento de 75,7% no período. O resultado Ebitda (antes de juros, impostos, amortização e depreciação) somou R$ 734,3 milhões no ano, queda de 23,8% e R$ 228,1 milhões na comparação trimestral, aumento de 32,1%. A receita líquida no ano recuou 14,7%, para R$ 11,659 bilhões e na base trimestral caiu 11,3%, para R$ 3 bilhões.

O mercado total de energia da empresa, considerando ACR e ACL, recuou 3,2% no ano, para 42.825,7 GWh de consumo nos 12 meses de 2016. Enquanto o mercado cativo apresentou retração de 4,7% o mercado livre aumentou 3,8% e já é maior que o dobro do total de consumo industrial na área de concessão da distribuidora, com mais de 8,3 mil GWh de demanda. No ano, houve queda de consumo em todas as classes de consumo com 0,6% na residencial, 6,5% na comercial e de 14,9% na industrial. No quarto trimestre de 2016 a queda da demanda foi de 5,4%, sendo diminuição de 10,3% no ACR e elevação de 17,4% no ACL.
A Eletropaulo reportou aumentou n indicador de perdas em 0,26 ponto porcentual, para 9,6%.Os indicadores de qualidade apresentaram direções opostas, com elevação do FEC para 6,9 vezes e redução do DEC para 15,85 horas.
A empresa apresentou sobrecontratação de 10,87% no ano de 2016. Esse volume, explicou a empresa, é o resultado do mercado onde atua, ações como a renegociação de contratos bilaterais com geradores de energia e participação nos leilões do MCSD. Agora a empresa continua brigando para ver reconhecido esse excedente como sobrecontratação involuntária.
Os investimentos somaram R$ 791,5 milhões no ano de 2016, sendo R$ 681,5 milhões de recursos próprios e de R$ 110 milhões de recursos de terceiros. Esse volume representou um aumento de 31% ante os R$ 604 milhões de 2015. A dívida líquida da distribuidora encerrou 2016 em R$ 3,513 bilhões, recuo de 20,9% ante o fechamento de 2015. Nesse sentido, a alavancagem da companhia recuou na relação entre a dívida líquida e o resultado Ebitda ajustado, de 3,47 vezes para 3,22 vezes.