Com as transações firmadas ontem, a Total pagará à Petrobras o valor global de US$ 2,225 bilhões, composto de US$ 1,675 bilhão à vista, pelos ativos e serviços, uma linha de crédito que pode ser acionada pela Petrobras no valor de US$ 400 milhões, representando parte dos investimentos da Petrobras nos campos da área de Iara, além de pagamentos contingentes no valor de US$ 150 milhões.
O acordo prevê a cessão de direitos de 22,5% da Petrobras para a Total na área da concessão de Iara (campos de Sururu, Berbigão e Oeste de Atapu), no Bloco BM-S-11. Segundo a Petrobras, a parceria com a Total trará como benefícios a desoneração de investimentos e a incorporação de soluções tecnológicas para o seu desenvolvimento a serem estudadas em conjunto, maximizando a rentabilidade e o volume de óleo a ser recuperado. A BG E&P Brasil – companhia subsidiária da Royal Dutch Shell plc, com 25% e a Petrogal Brasil, com 10%, também fazem parte desse consórcio. A Petrobras continuará como operadora e a deter a maior participação nessa área, com 42,5%.
Energia – A Petrobras vendeu para Total 50% da sua participação na Termobahia, incluindo as térmicas Rômulo de Almeida e Celso Furtado, localizadas na Bahia. As duas térmicas estão ligadas ao terminal de regaseificação, localizado em São Francisco do Conde, na Bahia, onde a Total terá acesso à capacidade de regaseificação visando o suprimento de gás para as térmicas. "Essa iniciativa constitui-se em uma parceria inovadora no mercado térmico brasileiro", afirma a petroleira brasileria.
Os contratos acima se somam a outros acordos já firmados em dezembro 2016, que são: carta que concede à Petrobras a opção de aquisição de 20% de participação no bloco 2 da área de Perdido Foldbelt, no setor mexicano do Golfo do México, assumindo apenas as obrigações futuras proporcionais à sua participação; carta de Intenção para estudos exploratórios conjuntos nas áreas exploratórias da Margem Equatorial, e na Bacia de Santos; e acordo de parceria tecnológica nas áreas de petrofísica digital, processamento geológico e sistemas de produção submarinos.
As conclusões das operações estão sujeitas às aprovações dos órgãos reguladores competentes e ao potencial exercício do direito de preferência dos atuais parceiros na área de Iara, além de outras condições precedentes.
Para a Petrobras, a realização dessa aliança estratégica é uma parte importante do Plano de Negócios e Gestão 2017-2021, ao intensificar o compartilhamento de informações, experiências e tecnologias, avançar no fortalecimento da governança corporativa, além de melhorar a financiabilidade da companhia, através de mitigação dos riscos, entrada de caixa e desoneração dos investimentos.
Para a Total, as novas parcerias com a Petrobras reforçam sua posição no Brasil, através da sua participação em novos campos da Bacia de Santos e da sua entrada na promissora cadeia de valor do gás natural. A Total é uma empresa integrada de energia, sendo uma das principais empresas internacionais do setor de óleo e gás natural e a segunda maior operadora de energia solar do mundo, com a SunPower.