A Renova Energia veio a público na última sexta-feira, 3 de março, por meio de comunicado ao mercado, negar rumores de que a empresa estaria negociando com a canadense Brookfield um aporte de R$ 800 milhões, bem como teria a intenção de lançar novas ações no mercado para captar recursos, como noticiaram o Jornal o Estado de São Paulo e a agência Reuters na semana passada.

Em resposta a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a produtora de energia eólica e hidrelétrica afirmou que "não existe qualquer decisão formal sobre a venda de ativos além do projeto Alto Sertão II, tampouco decisão formal sobre o lançamento de ações no mercado ou ingresso de novo acionista em seu quadro acionário". Atualmente, a Renova negocia a venda do parque eólico Alto Sertão II, pelo valor de R$ 650 milhões, para a AES Tietê.

Em meio aos rumores, houve um aumento atípico nas negociações das ações da Renova, o que fez a CVM pedir novos esclarecimentos a empresa. No dia 15 de fevereiro, houve 100 negociações, movimentando R$ 230 milhões. Já em 2 de março, foram 800 negociações, movimentando R$ 3,3 bilhões até às 13:18 horas daquele dia.

"Em atendimento ao pedido de esclarecimentos… a companhia desconhece qualquer fato que possa ter provocado oscilações e o aumento número de negócios e das quantidades das ações negociadas na BM&FBovespa além daqueles fatos já sabidos pelo mercado, tais como as atuais ações para reduzir seu endividamento e adequar seu plano de negócios, a venda do Projeto Alto Sertão II e as recentes notícias veiculadas na mídia em 02 de março de 2017 referentes ao lançamento de novas ações no mercado e o ingresso de novo acionista em seu quadro acionário,  notícia essa objeto de esclarecimento …", escreveu Cristiano Corrêa de Barros, diretor vice-presidente de Finanças, Desenvolvimento de Negócios e Relações com Investidores.