O cenário- base da Fitch contempla uma lenta recuperação do consumo de energia no país, em 2017, crescendo mais fortemente nos anos seguintes, e estima que os níveis de perda e de inadimplência do segmento de distribuição permanecerão elevados, acima da média. A Fitch espera condições hidrológicas adequadas em 2017 e considera moderado o risco regulatório.
Os ratings também incorporam a estimativa de gradual redução na alavancagem financeira consolidada do grupo, atualmente de moderada a elevada, atenuado por uma gerenciável necessidade de refinanciamento e saldos de caixa que suportem a expectativa de fluxo de caixa livre (FCF) consolidado materialmente negativo em 2017. Essa premissa se baseia nas necessidades de elevados investimentos, bem como na devolução, a partir de março de 2017, do saldo passivo de conta da variação da parcela A (CVA), ao redor de R$ 700 milhões pela estimativa da agência.
A manutenção da Perspectiva Positiva dos ratings corporativos reflete os potenciais benefícios esperados de sinergias financeiras e de capital após a aquisição do controle da CPFL Energia pelo grupo chinês State Grid, concluída em 23 de janeiro de 2017. O valor total da aquisição, incluindo a oferta aos minoritários, deve alcançar R$ 25 bilhões, e o grupo CPFL se tornará a maior subsidiária da SGCC fora da China, o que também reforça os laços entre as empresas.