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A alteração dos parâmetros de aversão ao risco do modelo CVaR, cujos novos índices serão utilizados a partir de maio, deverá levar a uma antecipação do despacho térmico e, consequentemente, ao acionamento da bandeira amarela pelo restante do ano. A estimativa é corroborada pela perspectiva de elevação do PLD entre R$ 50/MWh a R$ 100/MWh feita pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. E, a depender da hidrologia, a vermelha poderá ser adotada.

O superintendente de Regulação dos Serviços de Geração da Aneel, Christiano Vieira da Silva, acredita na manutenção dessa sinalização tarifária pelo restante do ano. Contudo, ele disse que ainda não é possível afirmar se será necessário chegar à bandeira vermelha em 2017. “Continuando com os parâmetros que temos hoje, a sinalização é de bandeira amarela e isso é importante porque o sistema antecipa o sinal de energia mais cara e permite que o consumidor adote conduta mais racional por conta dos preços”, comentou ele em evento realizado pela Thomson Reuters.
O gerente de preços da CCEE, Rodrigo Sacchi acrescentou ainda que a elevação prevista com os novos parâmetros é o resultado da busca pela redução do distanciamento entre o preço versus a operação real do sistema. A perspectiva de preços mais altos do PLD com a sinalização de mais despacho térmico, contudo, deverá trazer ao sistemas as térmicas de CVU mais baixo. “Consequentemente, teremos uma trajetória de armazenamentos mais elevados e mais segurança de fornecimento”, disse o executivo da CCEE. “Com a antecipação térmica mais barata podemos reduzir a participação das mais caras, e apesar do preço mais elevado no inicio, teremos menor variação de valores”, acrescentou ele.
Esse posicionamento surge como uma resposta à afirmação do assessor da presidência da Tradener, José Siqueira, que lembrou durante debate que o importante para o setor é o preço da energia e que há um erro que classificou como inadmissível no país. Ele destacou que a operação do ONS está aderente às necessidades do setor o que significa levar ao despacho fora da ordem de mérito. Mas que os preços não refletem essa necessidade, o que acaba gerando “bilhões em ESS”. Ele afirmou que “o encargo ESS é necessário sim, mas para restrições elétricas, erros de percepção de risco e de modelagem e mesmo de dados… e isso gerar ESS é inadmissível”. Para ele, a correta previsão de vazões é fundamental e que isso está em segundo plano atualmente, pois há desvios entre o projetado e o realizado que batem a casa de 30% de diferença.
Segundo ele, mudança da calibragem e repercussão no preço é consequência. Para o executivo da Tradener, o que não pode ocorrer é a não percepção de risco e que volatilidade de preços deve ser natural e não originada por erros.
De acordo com a assessora da diretoria da EPE, Angela Livino, a revisão dos parâmetros do CVaR e a própria futura adoção da SAR tem como objetivo trazer um custo mais real ao dia a dia da operação do sistema. As mudanças visam capturar esse perfil de risco do operador. Essa perspectiva de evolução de modelos de risco tendem, de fato, a levar a preços mais altos. Agora, acrescentou é importante que o país caminhe para um modelo que capture adequadamente a operação futura, com a maior presença de  fontes intermitentes.