A Travelers quer acelerar sua participação no mercado segurador para projetos em energias renováveis no Brasil. No foco estão os parques eólicos e solares que deverão entrar nos próximos leilões de energia. A empresa não dá muita atenção aos indicadores de crescimento nesse momento, até porque a base de comparação ainda é pequena por aqui, mas a ideia é de que o patamar de crescimento esteja na casa de 30% ante o ano anterior.
A Travelers é uma seguradora de origem norte-americana que está no Brasil há quatro anos quando chegou por meio de parceria e há um ano e meio opera a marca própria. Segundo o diretor presidente da operação local, Leonardo Semenovitch, a companhia ainda tem uma participação inexpressiva no país, mas ambiciona voos mais altos. Vê o segmento de energias renováveis como um foco de atuação por aqui tomando carona na experiência que a empresa tem em seu país de origem, os Estados Unidos. Entre os motivos dessa visão otimista está a perspectiva de crescimento no longo prazo para as fontes eólica, e principalmente a solar por aqui.
“Temos planos de curto prazo e outros mais à frente ainda sem data. Mas lá nos Estados Unidos o segmento de energia está entre 25 a 30 anos como um dos mais importantes. Hoje mais da metade do faturamento da companhia tem origem em seguros a pessoas jurídicas e 20%, aproximadamente, está ligado a energia nas mais diversas linhas e produtos”, apontou o executivo.
Semenovitch toma esse posicionamento em decorrência da experiência que tem em seu país de origem. Segundo dados apresentados pela própria companhia, possui atuação em mais de 70% de plantas de um segmento chamado por lá de Power and Utility, com predominância em usinas solares e eólicas. Tanto que lançou por aqui um pacote específico para a fonte solar, assim como em seu país de origem, onde existe o Sun Pack para a fonte, que atende a sistemas de micro e mini geração distribuída a até geração centralizada.
No foco local da empresa está a oferta de apólices de riscos de engenharia para o projeto completo, incluindo as linhas de transmissão. Riscos operacionais ou apenas atuar no segmento de transmissão por enquanto não faz parte do escopo da companhia nesse momento. Contudo, Semenovitch comentou que no futuro a empresa tem a possibilidade de avançar para outras modalidades do setor elétrico.
“Não queremos tudo ao mesmo tempo, estamos começando assim, aos poucos. Estamos crescendo 30% ao ano apesar do número não podemos considerar muito esse indicador porque nossa base ainda é pequena”, disse. “Temos pouco tempo no Brasil e marca própria há um ano e meio. Queremos expandir e certamente com o retorno dos investimentos em infraestrutura estaremos em outro patamar sem dúvida. Se fecharmos duas ou três novas apólices dobramos de tamanho”, acrescentou.