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O uso mais inteligente e eficiente dos recursos naturais do mundo pode injetar US$ 2 trilhões na economia global até 2050, compensando em boa parte os custos de ações e programas contra as mudanças climáticas. A estimativa é da Organização das Nações Unidas e consta no relatório “Eficiência de Recursos: Potencial e Implicações Econômicas”. O documento aponta que, enquanto o investimento ações climáticas causaria uma queda de 3,7% no PIB global per capita até 2050, o uso mais sustentável de recursos naturais e energias renováveis não apenas cobriria o custo de manter o aquecimento global abaixo dos 2º Celsius como também adicionaria US$ 2 trilhões na economia global até 2050.
Encomendado em 2015, o relatório foi divulgado em Berlim durante reunião do G20. Erik Solheim, chefe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), citando a pesquisa feita pelo Painel de Recursos Internacionais da ONU, chamou a projeção de investimento de US$ 2 trilhões na economia de “ganha-ganha ambiental”. Segundo ele, a previsão é que a população global, que deverá crescer 28% até a metade do século, utilizará 71% a mais de recursos per capita até 2050. Sem medidas urgentes para aumentar a eficiência, o uso global de metais, biomassa e minerais – como areia e outros componentes – aumentará de 85 para 186 bilhões de toneladas por ano até 2050.
“Usando melhor os dons naturais do planeta, injetaremos mais dinheiro na economia para criar empregos e melhorar os meios de subsistência”, ressaltou Solheim. “Ao mesmo tempo, vamos criar os fundos necessários para financiar uma ação climática ambiciosa”, acrescentou. O relatório analisou quatro caminhos que os países poderiam assumir nas próximas três décadas, desde o cenário-padrão até a projeção em que são adotadas políticas climáticas ambiciosas, com melhorias e eficiência no uso dos recursos. Além dos benefícios econômicos, a análise ilustra que a eficiência reduziria o uso de recursos globais em cerca de 28% em 2050, na comparação com tendências atuais.