A Agência Nacional de Energia Eletrica aprovou os reajustes tarifários anuais de cinco pequenas concessionárias de distribuição da CPFL no interior de São Paulo. Todas elas terão redução de tarifa, apesar da alta expressiva do custo de transmissão, resultante do pagamento, a partir de 2017, das indenizações de instalações da Rede Básica existente em maio de 2000. Os novos índices entrarão em vigor a partir de 22 de março.

Para a CPFL Sul Paulista, o reajuste levará à redução média nas tarifas de 4,15%, com queda de 6,21% em média para os consumidores atendidos em alta tensão e de 3,05% na média dos clientes do segmento de baixa tensão. Os encargos setoriais tiveram participação de -3,58% no resultado final, em razão da redução nas despesas da conta CDE Uso e do encargo relacionado à energia de reserva; enquanto o custo de transmissão impactou o reajuste em 5,87%. As despesas com compra de energia caíram 1,91%.

Os consumidores da CPFL Leste Paulista também terão redução média na tarifa de 3,28%, com índices negativos de 8,33% em média para a alta tensão e de 1,15% para a média da baixa tensão. Enquanto os encargos setoriais contribuíram com redução de 3,86%, o custo da transmissão teve efeito de alta de 6,64%.

Na CPFL Santa Cruz, o reajuste vai resultar em redução média de 10,37%, com efeito médio negativo de 10,03% na alta tensão e de 10,52% para os clientes atendidos em baixa tensão. Assim como nos outros processos, o aumento significativo dos custos de transmissão contribuiu com 4,99%, enquanto a queda no custo dos encargos levou a uma redução 3,32% e a compra de energia a uma queda de 0,79% no índice.

Os consumidores da CPFL Mococa terão as tarifas reduzidas em média em 2,56%, com impacto redutor de 5,68% na media da alta tensão e de 1,24% em média para a baixa tensão. Os custos de transmissão tiveram impacto de 7,27%  nas tarifas, enquanto o custo dos encargos setoriais teve impacto negativo de 3,78%.

O reajuste da CPFL Jaguari vai resultar em redução media de 8,42%, com quedas de 10,09% na media da alta tensão e de  5,31% na baixa tensão. O custo de transmissão contribuiu com 6,74% de aumento no índice e os encargos com baixa de 3,10%.

Perdas – A Aneel suspendeu a decisão sobre o pedido feito pelo grupo CPFL de alteração do nível de perdas não técnicas reconhecido na quarta região tarifaria periódica das distribuidoras Sul Paulista, Leste Paulista e Santa Cruz. A empresa alegou inconsistência na alocação de componentes de perdas para consumidores atendidos em alta tensão. O recurso ainda será analisado pela agência, e um eventual ajuste nos índices de revisão considerado nos reajustes de março do ano que vem.